Presente em toda a etapa do processo produtivo, desde a preparação do solo para plantio à colheita, as máquinas e implementos são fundamentais para a ampliação da produção agrícola de forma eficiente. O progresso tecnológico dos equipamentos agrícolas tem relação direta com a produtividade, acrescenta soluções que possibilitam maior precisão e eficiência no uso de insumos, diminuem custos operacionais e reduzem impactos ao meio ambiente.
Fábio Ribeiro Machado, agrônomo da Coopavel, ressalta que equipamentos adequados são importantes a cada fase do processo produtivo. “Hoje, temos equipamentos, por exemplo, para aplicação de calcário e corretivos de solo, que permitem aplicar em taxa variável, conforme a necessidade do solo, baseado numa agricultura de precisão; na etapa de plantio, o avanço em plantadeiras e semeadeiras possibilita uma plantabilidade adequada, com melhor distribuição de fertilizante e de sementes; na pulverização, com a tecnologia dos autopropelidos, a gente consegue melhoria na qualidade da aplicação e reduz amassamento na cultura; na colheita, as máquinas, se reguladas, diminuem perdas e permitem colher mais rápido. Se não fossem todos esses avanços tecnológicos nos maquinários, a agricultura não teria desenvolvido tanto”, avalia.
Que a tecnologia é importante aliada à produção agrícola não há dúvida, mas nem sempre é acessível a todos, já que mais tecnologias adicionadas aos equipamentos implicam maiores valores a serem investidos. Com a pandemia, houve ainda aumento no custo do maquinário, devido à valorização de componentes dessas máquinas e equipamentos. Aliado ao aumento nos custos da produção e à variação do preço dos grãos, a troca dos equipamentos tem se tornado mais complicada para boa parte dos produtores.
Se, no momento, o investimento em máquinas novas não couber no bolso, a manutenção em dia e a regulagem adequada são medidas que contribuem não só à durabilidade do equipamento antigo e melhor aplicação como também à eficiência na condução da lavoura. “Mesmo dispondo de um equipamento que não tenha toda a tecnologia do mercado, desde que seja bem regulado, o produtor consegue, sim, uma operação adequada”, assegura Machado.
Machado comenta que os profissionais da cooperativa realizam um serviço de acompanhamento e orientação do produtor na regulagem do equipamento para plantio, por exemplo, que é o pontapé para uma boa safra. “A gente vai ao campo, ajuda a conferir a distribuição de semente, orienta com relação à velocidade de plantio, à profundidade de semeadura, pois não adianta ter a melhor marca e a mais moderna se não tiver bem regulada”, sublinha.
PROTEÇÃO AOS INVESTIMENTOS EM EQUIPAMENTOS AGRÍCOLAS
Essenciais para a atividade agrícola e representando alto valor de investimento, proteger máquinas e equipamentos é medida importante à gestão rural, que já envolve atividades de alto risco e incerteza. O seguro pode contribuir fundamentalmente para a estabilidade da renda e a permanência dos produtores na atividade. Joaquim Neto, superintendente de Produtos Agro da Tokio Marine Seguradora, lembra que o seguro ameniza impactos de perdas na atividade e apoia a recuperação da capacidade financeira do produtor. “É um instrumento eficaz para a transferência do risco da agricultura para outros agentes e setores”, afirma.
Destinado à proteção de diversos tipos de equipamentos como tratores, colheitadeiras, plantadeiras, plataformas, pulverizadores e outros implementos utilizados no plantio, manejo, condução e colheita da produção agrícola, o Tokio Marine Agro Equipamentos é solução em seguro para essas máquinas. Os equipamentos voltados ao cultivo de commodities, especialmente soja, milho e cana, representam 60% do mercado de máquinas agrícolas, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ).
O executivo revela que a procura por esse tipo de seguro vem crescendo. “De um modo geral, tanto o pequeno quanto o grande produtor rural, das mais diversas regiões e atividades, têm a necessidade de utilizar máquinas agrícolas e, por isso, buscam este tipo de seguro”, diz. De janeiro a julho de 2023, a Tokio Marine registrou aumento de 18% em relação ao mesmo período do ano passado.
A cobertura básica contra roubo e furto qualificado pode ser incrementada com adicionais de danos elétricos; operação em proximidade de água; quebra de vidros da cabine; danos ao equipamento durante o transporte; colisão entre outros. O momento ideal para a contratação do seguro de equipamentos agrícolas, alerta Joaquim Neto, é logo na aquisição desses bens, e a renovação deve ser constante para que não haja momento sem seguro e os agricultores possam estar sempre garantidos. É importante ainda que os dados dos equipamentos, como marca e modelo, números de série, chassi ou motor estejam corretos na contratação do seguro, para evitar transtornos. Os agricultores podem contratar o seguro para equipamentos próprios ou financiados.
Conteúdo exclusivo publicado na Revista MundoCoop – Edição 114