O cooperativismo de crédito vai onde as pessoas precisam. Mais da metade dos municípios brasileiros já é atendida por essas instituições. Por enxergar além das cifras, torna-se, em diversos casos, a única instituição financeira presente em pequenos municípios, onde os bancos tradicionais não vêem relevância. As pacatas cidades do interior, entretanto, não estão imunes a ações de bandidos. Para manter essas instituições funcionando plenamente, a segurança é questão essencial.
Acompanhamos episódios cinematográficos das ações de bandidos, especialmente pelo interior do país, a exemplo dos orquestrados, nos últimos anos, pelo chamado “novo cangaço”, apesar dos ataques a instituições financeiras vir caindo nos últimos anos.
Segundo levantamento divulgado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em abril deste ano, o total de crimes praticados contra agências e caixas eletrônicos caiu 38% em 2021 em relação a 2020, reflexo da promoção de parcerias com o poder público para ações de prevenção e investimento em segurança (três vezes mais que há dez anos). Além disso, produtos especializados, como Seguro RD Valores da Tokio Marine, são importantes mitigadores de danos patrimoniais às instituições financeiras.
O RD Valores é um produto destinado acooperativas de crédito e assegura os valores mantidos no interior das agências, de caixas eletrônicos ou que estejam sob cuidados de algum portador ligado à cooperativa. “Garantindo os valores tanto no interior dos estabelecimentos quanto nos caixas eletrônicos das cooperativas de crédito, garantimos a continuidade do negócio do segurado repondo as possíveis perdas”, afirma Sidney Cezarino,diretor de Seguros Patrimoniais da Tokio Marine.
Cezarino acrescenta ainda que além da contratação do seguro de valores, outras ações importantes também devem ser agregadas para se manter a segurança das instituições financeiras. O rol inclui, por exemplo, investimentos em circuito de segurança, porta giratória com detector de metais, sistema de vigilância 24 horas, câmeras e sensores de presença, sistema de alarme e monitoramento remoto. Afinal, uma instituição financeira segura é garantia de segurança também aos seus funcionários, aos cooperados e à comunidade.
Instituição contribui à segurança e fortalecimento do cooperativismo financeiro
A segurança da solidez do cooperativismo financeiro vem do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop). Além da garantia dos depósitos dos associados junto às suas cooperativas, contribui para a prevenção de crise sistêmica e manutenção da estabilidade do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC). Preventivamente avalia o risco de cada uma das 654 cooperativas associadas e das operações de assistência financeira utilizada nas incorporações cooperativas, processo que consolida o setor. “Essas ações, juntamente com o trabalho de supervisão auxiliar das Cooperativas Centrais de Crédito, permitem antecipar ações mitigadoras de risco de descontinuidade de uma cooperativa singular, proporcionado mais segurança ao modelo de negócio do cooperativismo financeiro”, avalia Adriano Meira Ricci, diretor executivo do FGCoop.
São quase 14 milhões de cooperados que dispõem de mais de 7 mil pontos de atendimento de cooperativas financeiras espalhados por todas as regiões do país. Uma estrutura que reúne um patrimônio líquido que passa de R$ 61 bilhões, e mais de R$ 28 bilhões em reservas. Outro dado que chama atenção é o volume de depósitos dos associados, que entre 2018 e 2021 registrou crescimento de 200%, passando de R$ 129,2 bilhões para R$ 259,5 bilhões. Desde sua fundação em 2014, o FGCoop proporciona uma equiparação ao modelo de garantia de depósitos dos bancos tradicionais. Em menos de uma década, o FGCoop já detém mais de R$ 2,4 bilhões em patrimônio.
A escalada do cooperativismo financeiro segue firme, com a inclusão do atendimento físico e digital e oferta de produtos condizentes com as necessidades dos cooperados. Além da “melhoria dos processos de governança e gestão de risco, reforço dos indicadores econômicos para sustentabilidade e crescimento, preocupação com a comunidade onde atua e com colaboradores, respeito às decisões democráticas, autonomia e independência das cooperativas, investimento na educação e capacitação dos cooperados e colaboradores e aplicação do conceito da intercooperação”, acrescenta Ricci
Na Cresol, investimento em segurança é uma constante
Só em 2021, foram abertas 77 agências Cresol e a expansão deve seguir em ritmo forte nos próximos anos. A instituição cooperativa financeira está presente em 17 Estados com 682 agências, que somam 680 mil cooperados e um patrimônio de referência de R$ 2,03 bilhões. O crescimento da Cresol está relacionado a proximidade que ela tem com seus cooperados, seja por meio digital, seja presencialmente. “O momento de pandemia demonstrou ainda mais que as pessoas precisam de acolhimento. E quando não é possível ser de forma presencial, um contato telefônico ou uma mensagem do celular do gerente se colocando à disposição representa muito”, comenta o superintendente da instituição Adriano Michelon, para quem crescer é a consequência de acolher e cuidar dos interesses do associado.
Além disso, cada cooperativa personaliza sua atuação para promover soluções que atendam as características de cada localidade. Assim, constroem “com a comunidade” e não apenas “para a comunidade”, diz Michelon. E a preocupação com segurança também é uma constante. Por isso, não só mantém bom relacionamento com os órgãos de Segurança Pública, mas também um sistema de monitoramento patrimonial de suas agências. “Os incidentes diminuíram 36% no último ano (segundo a Febraban), um recuo de 98% dos últimos 21 anos, mas consideramos que não há nada mais valioso que a vida nos momentos de crise, por isso temos protocolos para rápidas ações sempre que necessário, junto a órgão de segurança pública, defesa civil, corpo de bombeiros, entre outros”, comenta o superintendente.
A Cresol entende ainda ser importante apólices de seguros para todas as agências e promover uma cultura de segurança no dia a dia junto aos cooperados, tanto em relação às transações virtuais quanto ao comportamento presencial nas agências.
Conteúdo exclusivo publicado na Revista MundoCoop – Edição 105