Com o objetivo de solucionar desafios internos, reinventar processos e buscar novas ideias para o tratamento de produtos, a Nater Coop – Cooperativa Agropecuária Centro Serrana -, que possui mais de 20 mil cooperados, apresentou em janeiro de 2023 seu programa de inovação aberta, inaugurando uma fase em que o diálogo com os mercados local e nacional passa a ser mais amplo e colaborativo. A palavra de ordem, desde então, é inovar e renovar o conceito de cooperativa no Espírito Santo.
Através de desafios de colaboração, a entidade já recebeu a inscrição de mais de 70 soluções, vindas de 13 Estados diferentes. Elas concorrem a prêmios em dinheiro, sendo R$ 30 mil para o 1º lugar, R$ 15 mil para o segundo colocado e R$ 5 mil para quem completar o pódio. Em dez meses, 11 desafios já foram concluídos, sendo que em sete deles houve vencedores.
Por estarem em fase de desenvolvimento, as ideias selecionadas estão sendo implementadas na estrutura da Nater Coop como um teste, mas todos os projetos têm direcionamento claro: diminuir a evasão dos produtores e ajudá-los a migrar para novos negócios, melhorando a rentabilidade dos cooperados por meio de assistência técnica e gerencial. Além disso, a cooperativa capixaba enxerga nesse modelo de conexão uma oportunidade real de melhorar a percepção de valor do segmento de café para os cooperados, apoiando-os na busca pela certificação simplificada, entre outros.
Para o diretor-geral da Nater Coop, Marcelino Bellardt, os planos da cooperativa estão alinhados e direcionados para o futuro, onde a inovação ocupa papel cada vez mais estratégico. “Nossa visão de futuro é clara: queremos tornar-nos referência no agro, destacando-nos não apenas pela nossa produção, mas também pela nossa inovação e sustentabilidade. Acreditamos que essa é a chave para o sucesso a longo prazo, e estamos comprometidos em trabalhar incessantemente para alcançar esse objetivo”, destaca Bellardt.
De olho no futuro
Integrante da cooperativa da região serrana desde 1987, o administrador que se especializou em comércio exterior e gestão de empresas é enfático: não se pode pensar mais em cooperativismo sem o olhar de avanço e de compromisso com boas práticas. “Inovação e sustentabilidade serão os pilares sobre os quais construiremos nossa posição como referência no agro, garantindo um futuro próspero para nossa cooperativa e todos os cooperados”, frisa.
O programa de inovação aberta da Nater Coop já abrangeu diferentes segmentos. Até aqui, as soluções recebidas alcançaram quatro temas: relacionamento com os cooperados, café, produção e insumos agropecuários. O 12º desafio, que está aberto, tem como objetivo encontrar soluções para bens de consumo.
Todas as propostas em implantação estão sendo elaboradas em conjunto com o time da Nater Coop. Por esse motivo, as soluções estão no que, no mundo da inovação, é chamado de “prova de conceito”. Pensando na renovação e na permanência da Nater Coop no mercado, Bellardt destaca que essa constante atualização faz parte de qualquer negócio.
“Para garantir sustentabilidade perene para a cooperativa e todas as dezenas de milhares de famílias que são impactadas direta ou indiretamente por ela, a Nater busca se atualizar constantemente, analisando os cenários futuros e resolvendo os desafios enxergados no curto, médio e longo prazos. Trata-se de um processo constante de renovação que entendemos ser crucial para a sobrevivência e perenidade de qualquer negócio. Aqui não podemos fazer diferente. Manter a gestão saudável das variáveis do presente sem perder o foco na preparação para o futuro”, pontua o diretor-geral.
Parceria com a Azys
Para o desenvolvimento do programa de inovação aberta, a Nater Coop contou com a colaboração e a consultoria da Azys Inovação. Denis Ferrari, CEO da empresa, compartilha a experiência do processo junto à cooperativa: “Ao longo deste ano tivemos a oportunidade de conectar várias startups e inovações à Nater, e uma das coisas que a gente vem aprendendo e sempre reforçando dentro do dentro do programa é que fazer uma cooperativa e inovar é entender que os cooperados são a razão de ser da cooperativa. Então, a cooperativa, como instituição, tem desafios mais a gente busca entender também, e de maneira prioritária, os cooperados precisam, o que vai agregar valor a eles, o que vai melhorar o dia a dia deles. Essa tem sido a principal razão de ser do programa”, avalia.
Fonte: A Gazeta