A COGECOM, primeira cooperativa de energia compartilhada, nasceu em Curitiba, no estado do Paraná, em 2017 por iniciativa dos engenheiros Roberto Corrêa e Carlos Eduardo Furquim. A organização possui mais de 30.000 unidades consumidoras cooperadas distribuídas em 8 estados.
Ela atende pessoas físicas, jurídicas, e algumas empresas, como o Madero, Grupo Nissei, Sistema SENAI/SESI/FIESC, Lojas Colombo, Subway, Farmácias São João, entre outras.
O processo de adesão à cooperativa é totalmente online e sem a necessidade de qualquer instalação ou obras nos imóveis. Podem ingressar na cooperativa pessoas físicas ou jurídicas, e a solicitação para a adesão é feita pelo site da Cogecom, preenchendo o formulário na página “Quero ser Cooperado”.
A Mundo Coop conversou com os Roberto, que contou sobre a criação da cooperativa, os desafios e os planos para os próximos anos.
Qual foi a inspiração de sua criação?
A Cogecom foi criada, na verdade, para atender uma necessidade nossa, tínhamos investido em uma usina e não havia quem fizesse o que a Cogecom desenvolve hoje. Portanto, não houve outra opção a não ser criar a Cogecom para colocar a energia da nossa usina no mercado. Depois de já ter escalado o negócio e perceber que era viável para mais pessoas, entendemos que fazia mais sentido seguir no mercado como Cogecom. O mercado era virgem e quem sai na frente faz a diferença.
Com qual objetivo ela foi criada?
Um fator importante foi os estímulos à Geração Distribuída estabelecidos pela ANEEL com a Resolução Normativa 687/2015. A Cogecom foi a precursora no mercado de compartilhamento de energia elétrica, como a primeira cooperativa do país em GD.
Qual é o seu diferencial e destaque?
Capilaridade regionais e o crescimento exponencial são evidentes na cooperativa. O investimento em inovação é frequente e, aliado às tecnologias avançadas para o processamento de grandes volumes de energia e da demanda de consumo. A Cogecom entrega agilidade nos processos e nas tomadas de decisão. Além disso, o foco da cooperativa se mantém na transparência desses processos de gestão e distribuição de energia. Isso é importante tanto para os geradores, os demais parceiros, e os consumidores.
Como ela está na atualidade?
Intensificando exponencialmente as operações comerciais, não somente nos estados onde já atuamos fortemente, como também nos novos mercados.
Uma de nossas metas no estado é o contato com usinas para uma expansão dos negócios. Usinas geradoras de energia renovável, empresas de projetos e implantação de usinas renováveis (integradores de energia solar) e consumidores finais preocupados com o tema ESG. A meta é atingir 500 novas usinas de geração no estado
Como está se preparando para os negócios?
Investindo e forma massiva e ininterrupta em inovação com lançamentos de novos produtos no setor; capacitação de nossa equipe de colaboradores interna e externa; novas contratações e parcerias; bem como no investimento constante do aperfeiçoamento dos nossos sistemas de processamentos.
Como o tema ESG entra no negócio?
A Cogecom possui um projeto social chamado Cogecom Endurance, em que o foco são crianças entre 5 e 8 anos, de comunidades carentes em situação de vulnerabilidade social. Pelo projeto, elas aprendem de maneira lúdica e inovadora importantes conhecimentos e habilidades essenciais para que se desenvolverem como cidadãos conscientes, ativos e mais felizes.
Esse programa acontece por meio de oficinas em encontros itinerantes, jogos e atividade, em que são ensinados como superar os desafios, empreendedorismo, autoconhecimento, cidadania, educação financeiras entre outros. Estão envolvidos neles: The Ocean Race, Oceanic Aquarium, Estaleiro OKEAN, a roda gigante FG Big Wheel, e, o Jardim Botânico, Parque Barigui, PUC, Lactec, além da própria sede da Cogecom, em Curitiba (PR). Ao longo dos anos, o programa já impactou mais de 7.500 crianças e educadores. Atualmente, o projeto social tomou uma proporção maior, chamada Cogecom Endurance Multiplicadores, em que o objetivo é formar profissionais de ONGs e de escolas públicas a fim de que implementem em sala de aula os conteúdos para alunos em suas instituições.
Por Priscila de Paula – Redação MundoCoop