O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,2% no segundo trimestre de 2022. O desempenho foi o sétimo melhor entre as principais economias do mundo, de acordo com levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating, estando acima de países como os Estados Unidos, Espanha, Reino Unido, China e México. A alta do PIB tem ligação direta com o aumento do desempenho da Indústria, que cresceu 2,2% em relação ao primeiro trimestre do ano, sendo o melhor resultado entre os setores da economia.
Ainda segundo o IBGE, o Brasil tem 98,7 milhões de brasileiros trabalhando, de maneira formal ou informal, impulsionando um maior gasto das famílias, já que a massa salarial real também subiu, e o consumo cresceu 2,6%. Com isso, a demanda interna aumentou, gerando necessidade de investimentos e produção feita pela indústria brasileira.
Todos os segmentos da indústria cresceram entre o primeiro e segundo trimestres de 2022, mas o segmento de Eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos apresentou alta de 3,1%. De acordo com o IBGE, o resultado é influenciado pelo desligamento das térmicas e o fim da bandeira tarifária de escassez hídrica, além da aceleração da atividade econômica. Outros segmentos da indústria também apresentaram aumento, como o da construção (2,7%), das indústrias extrativas (2,2%) e indústrias de transformação (1,7%), apresentando resultados acima do previsto no mês de junho.
O resultado do PIB brasileiro também veio acima das expectativas do mercado, que apontava para uma alta de 0,9% na comparação mensal e de 2,8% na anual. De acordo com dados da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o crescimento da indústria é o que mais beneficia os setores da economia e o PIB em geral, já que cada R$1 a mais produzido pela indústria gera um aumento de R$2,43 nos outros setores. “A indústria tem grande relevância para a economia, já que representa uma parcela significativa do PIB. Esses dados sinalizam que há uma perspectiva positiva no longo prazo, embora ainda estejamos enfrentando muitos desafios,” comenta Paulo Castelo Branco, economista e presidente executivo da ABIMEI (Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais).
Fonte: Imprensa Abimei