PALAVRA DO TEJON
570 milhões de agricultores no mundo. 5 milhões no Brasil e apenas 1% possui grande propriedade acima de mil hectares. A agricultura familiar é um berço de segurança alimentar, energética, ambiental e humana de todo o planeta e do Brasil. Porém, a agricultura familiar exige e precisa de cooperativismo. Os pequenos viram grandes na cooperativa.
Eu ouço de grandes fazendas empresariais que tem lucidez que as cooperativas são essenciais pois significam educação e prosperidade para os seus vizinhos. Portanto, cooperativa não é importante só para quem quer crescer, é vital para quem quer continuar grande. A visão da “prosperidade para todos“ que tanto o presidente da OCB, Marcio Lopes, defende é essencial e a única mão de direção não importa o porte e o tamanho de cada indivíduo e sua operação.
Agricultura familiar. Famílias agrícolas. O nome mais desejado, amado e com imenso poder carismático de chegar às mentes dos cidadãos através do coração.
As cooperativas representam a organização racional das forças criadoras, da opção pelo bem. Nasceram do sofrimento humano, de brutais dificuldades. Se aperfeiçoaram no tempo e se aperfeiçoam sem parar. No Brasil, reúnem mais de 1 milhão de produtores rurais e representam cerca de 55% de toda produção brasileira.
A agricultura familiar tem no cooperativismo a sua legítima casa de morada. A sua fortaleza.
Nas cooperativas, no sistema e na intercooperacao todos precisam aprender, ninguém pode ficar para trás. Agricultura familiar precisa criar sucessores. A sua juventude passa a ver todo esse agronegócio novo, numa super dimensão, a de uma “agrobiocidadania“.
Paz. Valor, sentido de vida e de viver neste planeta. Um agro consciente com saúde e cooperação.
Famílias agrícolas, atendendo famílias consumidoras, passando por famílias no comércio, indústria, serviços. Neste planeta terra a evolução exige uma cooperação humana. E no campo, águas e mares, a cooperativa é a fortaleza da agricultura familiar.
O cooperativismo será do tamanho do planeta terra e a terra será do tamanho das suas cooperativas.
*José Luiz Tejon é palestrante especialista em agronegócio e membro editorial da Revista MundoCoop
Coluna exclusiva publicada na edição 115 da Revista MundoCoop