A educação é um pilar fundamental para o crescimento saudável e a formação de cidadãos responsáveis. O cooperativismo, que está na família de quase quatro milhões de catarinenses, compreende isso. Em geral, o cooperativismo tem uma cultura de passar de geração em geração. As cooperativas abraçam esse espaço e realizam ações que auxiliem nesse processo.
“Ao participar de atividades cooperativas, as crianças desenvolvem habilidades sociais, autoestima e empatia, promovendo um ambiente saudável para o seu desenvolvimento emocional. Aprendem a conviver em comunidade pensando no bem comum, fortalecendo suas habilidades emocionais e contribuindo para seu crescimento pessoal”, relata a coordenadora de Cidadania e Sustentabilidade de um cooperativa de crédito, Raquiela Massaia Collette.
Ensinando as crianças sobre cooperar
Através dos métodos apoiados, principalmente, na imaginação, as crianças são ensinadas a internalizar valores como respeito e trabalho em equipe. Os princípios cooperativistas são responsáveis por fornecer o alicerce para as atividades, incentivando as crianças a compreender a importância do trabalho coletivo.
“O método lúdico e ativo, incluindo a contação de histórias são ótimas formas de ensinar valores como respeito, empatia, honestidade e trabalho em equipe, é essencial para educar as crianças com o propósito de cooperação. As atividades propostas pelas cooperativas, como jogos cooperativos, conectados com os princípios do cooperativismo, projetos em grupo e discussões sobre a importância da colaboração, podem contribuir com o processo de aprendizagem e formação de bons cidadãos”, explica Raquiela.
A educação cooperativa busca fazer com que as crianças não sejam apenas receptoras de conhecimento, mas sim, busquem ser pessoas em movimento na sua jornada de aprendizado. Elas são incentivadas a trabalhar em equipe, compartilhar ideias e resolver problemas juntas.
“A abordagem cooperativa na educação promove o senso de responsabilidade das crianças em relação ao seu próprio aprendizado, ao encorajá-las a assumir um papel ativo, tomar decisões e se envolver de forma engajada, pensando no bem coletivo e tornando-as responsáveis pelo seu próprio crescimento”, ressalta.
Crianças confiantes e positivas
A educação cooperativa pode exercer um impacto positivo, também, na autoestima e confiança das crianças. Ao proporcionar um ambiente de aprendizado voltado para a compreensão, onde suas contribuições são valorizadas, as crianças desenvolvem uma imagem positiva do mundo e, consequentemente, de si mesmas.
De acordo com Raquiela, participar de atividades cooperativas também permite o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais.
“A educação cooperativa pode influenciar positivamente a autoestima e a confiança das crianças ao proporcionar um ambiente de aprendizagem acolhedor e colaborativo, onde elas se sentem valorizadas e apoiadas pelos colegas e professores. A participação ativa em atividades cooperativas também pode ajudá-las a desenvolver habilidades sociais e emocionais, como a empatia e a resiliência, fortalecendo sua autoestima e confiança”.
Comunicação é a chave
A comunicação e o trabalho em equipe são habilidades cruciais para o sucesso ao longo da vida. A educação cooperativa oferece um terreno propício para isso desde os primeiros anos. Ao engajar as crianças em atividades colaborativas, elas aprendem a articular suas ideias, ouvir os outros, negociar e compartilhar responsabilidades.
“A educação cooperativa promove habilidades de comunicação e trabalho em equipe nas crianças ao envolvê-las em atividades colaborativas, onde elas aprendem a ouvir, expressar suas ideias, negociar, compartilhar responsabilidades e tomar decisões em conjunto”, enaltece Raquiela.
Muito mais do que moldar indivíduos, a educação cooperativa tem o papel de formar cidadãos comprometidos e ativos na sociedade. Ao destacar princípios como colaboração, promove a cooperação e investe na formação de cidadãos que não apenas prosperarão pessoalmente, mas também trabalharão em prol do bem comum.
“A longo prazo, a educação cooperativa pode formar cidadãos mais engajados e participativos na sociedade, pois promove valores como colaboração, respeito e responsabilidade social desde cedo. Esses indivíduos tendem a ser mais conscientes dos direitos e deveres coletivos, buscando contribuir para o bem comum e tomar ações positivas em suas comunidades”, finaliza Raquiela.
Fonte: G1