As cooperativas que desejam o sucesso de seus negócios precisam estar cada vez mais conectadas aos clientes, investindo em novos conceitos de consumo, Inteligência artificial, tecnologias avançadas e oferecer experiências únicas.
Encantar e cativar os clientes não é uma tarefa fácil, sobretudo quando o negócio se refere aos mercados de consumo e os de varejos. A concorrência nesses setores é um dos grandes diferenciais.
No entanto, atualmente as cooperativas podem contar com uma a experiência em Flow de compra. Nesse processo o consumo é tão marcante e fundamental, que o consumidor se transforma em uma vivência essencial.
O estado Flow
O conceito Flow surgiu com o psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, na década de 70. Ele significa “estado ou experiência de fluxo”. Ou seja, é o consumo como uma experiência de compra ótima, em estado fluído e contínuo. O estágio máximo do flow mostra que as pessoas desenvolvem habilidades e as utilizam para tornar suas compras mais ágeis ou mais prazerosas.
Ricardo Pastore, professor e coordenador do Núcleo de Varejo e Retail Lab da ESPM-SP explica que o Flow é definido como um estado mental onde o corpo e a mente fluem em perfeita harmonia.
“A criatividade é muito importante no desenvolvimento de habilidades, pois elas podem se manifestar em forma de jogos, quizzes e em outras diversas maneiras que tornem a compra mais prazerosa. Muitas vezes as pessoas buscam experiências próprias, a experiência é do cliente, e o que a tecnologia permite é uma personalização do consumo”, lembra Pastore.
Independentemente de estarem consumindo, as pessoas entram em estado de flow, quando estão realizando algo que lhes dá prazer. Durante esse processo, elas acabam se motivando e se concentrando mais em suas ações.
Pastore explica que a todo o momento os clientes estão desenvolvendo habilidades de compra e superando desafios, e que a tecnologia oferece recursos para serem usados no consumo. Quanto mais experientes se tornarem, desenvolvendo habilidades, mais fácil será a superação dos desafios.
“A experiência ótima, perfeita, é fruto do desenvolvimento de habilidades com aplicação dos desafios, então quanto mais hábeis os nossos clientes se tornam, mais desafios eles podem superar e, com isso, eles ficam satisfeitos. Agora a onda é a inteligência artificial, as pessoas estão aprendendo a lidar com isso e podem aplicar este recurso nas suas compras”, acrescenta Pastore.
A tecnologia
Além do conceito flow, que proporciona mais conectividade do consumidor as cooperativas e aos seus produtos, a tecnologia surge como um acessório fundamental nesse processo.
Explorar a fusão de informações passadas, insights de mercado e a observação atenta das tendências emergentes pode orientar a criação de metas de vendas realistas, impulsionando o sucesso das cooperativas no contexto tecnológico.
Segundo Renato Torres, empresário e especialista em tecnologia e marketing um dos pontos mais importantes para as cooperativas terem sucesso em seus negócios e atrair mais clientes é fazer uma análise dos dados históricos de vendas.
“Com o auxílio da tecnologia, as empresas podem extrair insights valiosos sobre o desempenho passado de seus produtos ou serviços. Isso não apenas fornece uma compreensão profunda dos padrões de compra do cliente, mas também identifica estratégias e campanhas que tiveram sucesso no passado. Essa análise serve como base para estabelecer metas realistas, alinhadas com o que funcionou e o que pode ser otimizado para o futuro”, relata Torres.
Algumas opções de ferramentas são os usos das tecnologias como machine learning e inteligência artificial, que permitem uma análise mais precisa. Elas levam em consideração uma variedade de fatores que podem influenciar as vendas.
Para o especialista, a capacidade de observar e antecipar tendências pode ser um diferencial estratégico significativo.
“Ferramentas de monitoramento, análise de redes sociais e a participação ativa em eventos do setor são métodos eficazes para capturar insights sobre o que está por vir. Incorporar essas tendências emergentes nas metas de vendas pode posicionar uma empresa como referência no mercado. A inteligência de dados não apenas fornece uma visão macro, mas também permite uma abordagem mais personalizada”, lembra Renato.
Torres explica que a segmentação de clientes com base em dados comportamentais, preferências e histórico de compras possibilita a criação de metas mais precisas e direcionadas.
“A personalização não só aumenta a eficácia das campanhas, mas também fortalece o relacionamento entre a empresa e seus consumidores, resultando em uma fidelização mais sólida”, revela Renato Torres.
Por Priscila de Paula – Redação MundoCoop