O cooperativismo sempre foi marca constante da Abrasel, desde seu nascimento, em meados dos anos 80. Tanto é que o nome “Associação Brasileira de Bares e Restaurantes” não se restringe apenas a uma mera nomenclatura. Entendemos que o poder do associativismo sempre foi e tem sido fundamental na luta em prol de nossas demandas e desejos.
A pandemia, inclusive, talvez tenha sido o período em que a união do setor foi crucial para enfrentarmos as intempéries e adversidades às quais fomos submetidos. Nos últimos dois anos, por exemplo, recorremos à Justiça quando a possibilidade de diálogo nos foi negada, apresentamos propostas à prefeitura para que juntos pudéssemos construir uma retomada segura, consciente e sem retrocessos, fizemos campanha para estimular a vacinação, assim que os imunizantes chegaram até nós.
Isso sem falar que defendemos, com vigor, todos os artifícios possíveis para que houvesse um equilíbrio entre economia e saúde. Arrisco a dizer que na “era Covid” ficou evidente o quanto caminhar no coletivo (pensando no coletivo e agindo como coletivo) é sempre melhor que vagar na estrada sozinho e sem destino.
O associativismo que dá o tom na atuação da Abrasel, mais uma vez, ficou evidente essa semana, quando estive em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, para participar do primeiro encontro das nove regionais da entidade em Minas Gerais. Na ocasião, donos de bares, restaurantes e empreendedores do setor de alimentação fora do lar vivenciaram por dois dias momentos de muita integração, troca de experiências, relacionamento com parceiros, além de apresentações de boas práticas.
Podemos, com clareza, reafirmar, que nunca estivemos sozinhos. E detalhe: fomos, todos, diga-se de passagem, muito bem recebidos pelo anfitrião do encontro, o presidente da Abrasel no Triângulo Mineiro, Fábio Bertolucci. Tudo foi tão proveitoso que já saímos de Uberlândia com o encontro de 2023 agendado.
A próxima cidade a recebê-lo será a querida Juiz de Fora, o mais carioca de nossos municípios, cuja regional – Zona da Mata – é presidida pela competentíssima Francele Galil. Escrevi tudo isso para finalizar com um recado pueril nesta última sexta-feira de agosto, porém de grande valia: ao atuarmos sozinhos, pouco ou quase nada conseguimos. Podemos até obter conquistas, mas elas são deliciosamente saboreadas quando ganhamos em conjunto. E digo mais: vivemos em sociedade para sermos seres sociais, portanto, meus caros, juntos sempre somos e seremos bem mais fortes.
*Ricardo Rodrigues é Conselheiro consultivo da Abrasel-MG