Responsável por movimentar cerca de R$ 425 bilhões em ativos no Brasil, o cooperativismo de crédito anda na contramão das instituições financeiras tradicionais. Uma pesquisa do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop) apontou que, enquanto bancos fecham agências, o segmento deve abrir 1,3 mil novos postos de atendimento até o final do ano. Na região Sul, um forte representante deste movimento é o Ailos Sistema de Cooperativas, que completa 20 anos em 2022. Juntas, as cooperativas de crédito Ailos pretendem abrir 100 novos postos de atendimento e dobrar o número total de cooperados até 2025.
Adelino Sasse, diretor de Produtos e Negócios da Central Ailos, acredita que o cooperativismo é o modelo de negócios do futuro. Ele explica que uma cooperativa de crédito tem força suficiente para se tornar a principal instituição financeira de alguém, uma vez que o cooperado pode contar com as mesmas soluções oferecidas por um banco, como crédito, cartões, consórcio e seguros, por exemplo. Além disso, destaca que tanto mercado como consumidor buscam e têm dado prioridade a organizações que unem pessoas com objetivos em comum – uma das principais bandeiras levantadas pelo movimento, que faz com que tantas pessoas escolham estar associadas a ele.
“O cooperativismo de crédito é muito mais que benefícios financeiros. É uma filosofia de vida baseada em gestão colaborativa, consumo consciente e oportunidades iguais para todos. Queremos estar cada vez mais próximos do nosso público, entendendo suas dores e entregando soluções para elas. É assim que o Ailos ajuda e vai continuar ajudando o segmento a crescer cada vez mais no Brasil”, diz Sasse.
A força do coletivo
Constituído oficialmente como sistema em 2002, o Ailos é fruto de uma história que começou a ser escrita há 70 anos. Em 1951, funcionários da Companhia Hering, de Blumenau, constituíram a Cooperativa de Crédito Organizações Hering (CrediHering). O objetivo era ajudar pessoas que trabalhavam na empresa a conquistarem a casa própria, máquinas de costura, bicicletas, vacas e outros itens essenciais para a época de forma mais justa e acessível. Com o passar dos anos, a instituição ampliou seu atendimento para toda a comunidade local e foi rebatizada Viacredi. A partir dela e outras duas cooperativas, em 2002 foi constituída a Central CECRED – hoje Central Ailos, que junto a 13 cooperativas filiadas e uma corretora de seguros compõe o Ailos Sistema de Cooperativas.
“É gratificante relembrar nossa história e contemplar tudo que conquistamos até aqui. Hoje, somos mais de 1,3 milhão de cooperados, temos mais de 280 postos de atendimento e ativos que ultrapassam a casa dos R$ 15 bilhões. Promovemos o crescimento sustentável e o desenvolvimento social das regiões onde atuamos, transformando vidas”, celebra Sasse.
O Ailos também investe na educação e inclusão de cooperados e comunidades com o Programa de Integração e Desenvolvimento de Cooperados e Comunidade (Progrid), que deu seus primeiros passos em 2002 levando cursos, palestras, peças de teatro, capacitações e treinamentos gratuitos a moradores de áreas remotas, sem acesso a esse tipo de informação. Hoje, o programa soma mais de 5 milhões de participações e os conteúdos podem ser acessados também de forma online por cooperados e público em geral.
Pensando nos desafios que pequenos empreendedores enfrentam diariamente, as cooperativas Ailos lançaram, ainda, o Movimento Negócio Local. A proposta é desenvolver e viabilizar iniciativas e soluções para que os negócios dos cooperados possam prosperar e fazer a economia local girar. Um dos grandes exemplos de sucesso da iniciativa é o Ailos Aproxima, plataforma de compra e venda 100% digital lançada em 2020 para minimizar o impacto da crise na rotina de pequenos e médios empreendedores. Em 2022, o marketplace alcançou seu primeiro milhão em faturamento.
O que vem por aí
De olho no futuro, o Ailos já deu início e colhe os primeiros frutos de seu Planejamento Estratégico Rumo a 2030, que prevê expansão geográfica, buscando penetração em novos municípios, e a ida para outras regiões, tanto física como digitalmente.
“Estamos ampliando nossa presença no meio digital com experiências facilitadas de contratação, transação e simulação online de produtos e serviços, que ganham mais força com a chegada de iniciativas do Banco Central como o Open Finance. Além disso, toda a nossa parte tecnológica terá uma arquitetura cada vez mais flexível e escalável, preparada para atender a transformação dos negócios e proporcionar a melhor experiência possível ao cooperado”, finaliza Sasse.
Fonte: Portal do Cooperativismo de Crédito