Com o objetivo de promover a cultura cooperativista, aperfeiçoar a atuação das cooperativas e fortalecer a sua governança e gestão, na década de 90 foi criado o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). A entidade, integrante do Sistema S, atua em três áreas (Formação Profissional dos empregados e associados, Monitoramento das Cooperativas, e Promoção Social dos cooperados e suas comunidades), e, somente no primeiro semestre deste ano, o Sescoop atendeu 1,7 mil cooperativas no país. Mais de 105 mil cooperados e empregados já foram qualificados em programas, mentorias e cursos, segundo informações do Sescoop Nacional
Em 2021, o Sescoop prestou serviços para cerca de 2,2 mil das 4,8 mil cooperativas brasileiras. Na Bahia, 91 cooperativas receberam atendimento do Sescoop/BA, beneficiando 5.193 cooperados e empregados com cursos de gestão, governança e especialização na área do cooperativismo, e oficinas sobre cuidados com a saúde e bem-estar, dentre outros.
“O Sescoop tem sua unidade nacional, que fica em Brasília, e suas unidades em todos os estados e no Distrito Federal. Ele [Sescoop] trabalha exclusivamente com as cooperativas, com dirigentes, empregados e cooperados, para prestar serviços de formação profissional, monitoramento e promoção social das cooperativas brasileiras”, explica Cergio Tecchio, presidente do conselho administrativo do Sescoop/BA e membro titular no conselho nacional do Sescoop.
Três áreas do Sescoop:
- Monitoramento das cooperativas: diagnóstico e acompanhamento da identidade, governança, gestão e do desempenho para subsidiar o planejamento das ações que visem o desenvolvimento sustentável das cooperativas.
- Formação profissional: desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à qualificação profissional e ao desenvolvimento humano.
- Promoção social dos cooperados e suas comunidades: ações com enfoque educativo para promover a cultura da cooperação, o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, contribuindo para o desenvolvimento das cooperativas e, consequentemente, de suas comunidades.
Daniele Almeida descobriu o cooperativismo há 11 anos, através da Cooperativa de Trabalho Educacional de Porto Seguro (Cooeps). A cooperativa atende alunos da região desde a educação infantil até o ensino médio. Ela logo percebeu que a presença e o apoio do Sescoop/BA são fundamentais para transformar ideias em atitudes.
“Essa presença do Sescoop junto às cooperativas enriquece e profissionaliza demais. Acredito que ele [Sescoop] ajuda a elevar o nível das cooperativas, apoiando e formando, através de mentorias, cursos, encontros, etc. Acredito que o Sescoop traz o que há de novo em cooperativismo, em gestão, em sociedade, em mundo”, ressalta.
Atualmente, Daniele preside a cooperativa e conta, constantemente, com os serviços do Sescoop/BA. Para ela, duas mentorias foram “essenciais” para manter a cooperativa ao longo da pandemia da Covid-19. “Uma foi de prática assistida, de acompanhamento relacionado a marketing e a gerenciamento administrativo, que foi nesse período de isolamento. A outra foi de acompanhamento e mentoria financeira, que também foi muito importante. Sem essas duas mentorias, que o Sescoop ofereceu, com certeza, não teríamos ficado com a cooperativa funcionando”, revela.
Ocupando o cargo de diretora operacional do Sicoob Coopemar, Luciara Andrade também contou com o auxílio do Sescoop/BA para construir sua carreira no cooperativismo. “Participei de diversos cursos promovidos pelo Sescoop, alinhamentos estratégicos, workshops, encontro de negócios e congressos. E os serviços oferecidos pelo Sescoop possibilitaram desenvolver estratégias junto às equipes, que acabaram culminando no alcance dos objetivos propostos pela cooperativa, e nos levam a desenvolver habilidades que tornam nosso trabalho mais assertivo junto aos colaboradores, consequentemente, gerando resultados positivos para a cooperativa”, conta.
Mais do que a capacitação dos profissionais, a instituição ainda oferece bolsas de estudos para pós-graduação por meio do programa BolsaCoop. Além disso, incentiva o ensino e a prática do cooperativismo nas escolas, através do programa Cooperjovem. Também possui o programa JovemCoop, que reúne jovens entre 18 e 35 anos das cooperativas para proporcionar experiências que contribuam para seu desenvolvimento, despertando a cultura da cooperação e envolvendo-os na atividade econômica da família e na cooperativa.
Para Cergio Tecchio, o propósito maior é melhorar a qualidade de vida das pessoas que pertencem ao cooperativismo baiano. “Hoje, o Sescoop tem a responsabilidade da capacitação, formação e disseminação do cooperativismo brasileiro. Nós fazemos a parte econômica de capacitação e desenvolvimento, mas nós também temos a responsabilidade de estimular a promoção social”, afirma.
Fonte: Brasil 61