A reciclagem não é somente importante, como também é necessária. A afirmação é do gerente de Limpeza Urbana, da Prefeitura Municipal de Anápolis, Paulo Henrique Francisco Vargas. Segundo ele, a coleta de materiais recicláveis vai ao encontro da responsabilidade socioambiental do município além de ser um dever junto à população.
“Em 2010, foi lançada a Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao país no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos”, cita.
Como informa Paulo Vargas, em paralelo a criação da Lei, o município alterou a estrutura do antigo local de descarte de resíduos para o atual modelo de aterro sanitário adotado e também incentivou a criação das cooperativas para os catadores, que efetuavam a coleta na área, antes de sua adequação. Anápolis possui duas cooperativas, que têm em média 14 cooperados; são seis caminhões que diariamente, mediante cronograma, realizam a coleta em 147 bairros da cidade.
“É válido ressaltar que em paralelo a coleta seletiva do município temos a aquela realizada por catadores independentes, não registrados ou representando as cooperativas, e empresas gerenciadoras de resíduos”, cita Paulo Vargas. Embora esta atividade autônoma não seja mensurada quantitativamente pela prefeitura de Anápolis, ela contribui para sustentabilidade ambiental local.
INVESTIMENTOS
De acordo com o gerente de Limpeza Urbana, novos investimentos têm sido feitos no setor, como a criação de novos ecopontos e disponibilidade de contêiner anunciados pelo programa Anápolis Investe. Os locais são para descarte de pequenos volumes de resíduos de construção civil, restos de poda de árvores, entre outros materiais e entulhos, que serão encaminhados ao Aterro Sanitário. Os materiais recicláveis serão destinados às cooperativas.
“Também está em processo junto ao conselho de Meio Ambiente e a Secretaria de Meio Ambiente a disponibilidade de pontos de entrega voluntária nas praças de Anápolis, como exemplo do disponível no parque Ipiranga”, detalha Paulo Vargas.
A reciclagem faz parte do conceito de economia circular, em que os materiais são utilizados de forma mais eficiente e duradoura. Em vez de seguir um modelo linear de “produzir, usar e descartar”, a reciclagem permite que os materiais sejam reintroduzidos na cadeia produtiva como recursos valiosos. Isso estimula a criação de empregos relacionados à reciclagem, ao reparo e à remanufatura, além de promover a inovação tecnológica.
É uma estratégia fundamental para a sustentabilidade ambiental e a gestão adequada dos resíduos. Ela desempenha um papel crucial na conservação dos recursos naturais, na redução da poluição, no combate às mudanças climáticas e no estímulo à economia circular. Portanto, é essencial que toda a sociedade se engaje na prática da reciclagem e apoie iniciativas que promovam a sua implementação.
BENEFÍCIOS
A reciclagem ajuda a conservar os recursos naturais, como água, energia e matéria-prima, pois ao reciclar materiais, como papel, plástico, vidro e metal, reduzimos a necessidade de extrair novos recursos da natureza, o que preserva os recursos naturais para as gerações futuras e reduz a exploração excessiva do meio ambiente.
Ao reciclar materiais evita-se que eles sejam descartados em aterros sanitários ou incinerados. O descarte inadequado de resíduos pode causar poluição do solo, da água e do ar, além de representar um risco para a saúde humana e a vida selvagem. A reciclagem pode economizar uma quantidade significativa de energia em comparação com a produção de materiais a partir de recursos virgens.
A reciclagem contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa, já que quando materiais são reciclados, menos resíduos são enviados para aterros sanitários, onde podem se decompor e liberar gases. Além disso, a reciclagem de certos materiais, como o alumínio, evita a necessidade de extrair e processar minérios, o que consome muita energia e emite gases de efeito estufa.
Fonte: DM Anápolis