Com a frase “Sempre fiquei quieta, agora vou falar”, a cantora Iza começa um dos versos da canção “Dona de Mim” remetendo a uma mudança de padrão necessária pela qual a sociedade passou, ao dar voz às mulheres que durante séculos foram silenciadas. Hoje, a luta por equidade de gênero avançou e possibilitou números como o levantado pelo relatório Women in Business 2022, que constatou que 38% dos cargos de liderança em empresas brasileiras são ocupados por mulheres, superando inclusive a média global, de 32%, e Latino-americana, de 35%.
No entanto, apesar de parecer um avanço, houve uma queda no índice brasileiro em relação ao ano anterior. Além desse dado, um estudo de 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que os salários das mulheres são, em média, 22% menores que os de homens que exercem as mesmas funções. Por isso, a luta pela equidade de direitos ainda tem muito a conquistar no Brasil e no mundo, mas os números estão a favor delas. “Empresas que investem em aumentar a quantidade de mulheres na camada de liderança têm a possibilidade de impactar positivamente seu resultado de negócio em até 6% e a receita de inovação em até 19%. São dados científicos, levantamentos realizados por diversas instituições ao redor do mundo”, explica Renata Torres, co-founder da consultoria Div.A Diversidade Agora e especialista em diversidade e inclusão.
Os dados são corroborados pelo relatório global Mulheres, Empresas e o Direito 2023, que calcula que a eliminação da desigualdade de gênero no mercado de trabalho poderia aumentar o PIB per capita em perspectiva de longo prazo em quase 20%, em média. O relatório constata ainda que somente 14 países têm leis que dão às mulheres os mesmos direitos que os homens, e todos têm economias de renda alta.
Segundo Renata, “quando uma empresa tem mais mulheres na camada de liderança, ela observa também um aumento na diversidade em geral dentro da organização, e quanto mais diversidade, mais soluções inovadoras, mais criatividade, mais possibilidades de melhorar o resultado do negócio”, como demonstra a pesquisa da McKinsey&Company, apontando a diversidade de gênero em correlação tanto com a lucratividade quanto com a criação de valor. Segundo o levantamento, organizações que têm maior diversidade de gênero nas equipes executivas apresentaram uma probabilidade de lucrar 21% mais, e a probabilidade de criar valor a longo prazo nessas empresas também aumenta em 27%.
As informações dos estudos, portanto, comprovam que promover a diversidade e garantir oportunidades iguais para mulheres é um investimento lucrativo para as empresas.
Fonte: Claras Comunicação