Se você deseja ser um líder de sucesso desenvolva qualidades que o tornem mais empático, sensível e criativo. Essas serão as habilidades exigidas no líder dos próximos anos: a chamada liderança humanizada. A função do gestor aumentou. O que antes se restringia a direcionar os rumos da equipe, agora de estende para entender, auxiliar e incentivar o desenvolvimento de cada colaborador.
Pesquisas reforçam a necessidade de termos cada vez mais lideranças empáticas. Pelo menos é isso o que aponta o levantamento da Gartner, realizado em 2022. O estudo entrevistou 230 líderes de RH, sendo que 90% deles afirmaram ser necessário uma liderança concentrada nos aspectos humanos da gestão.
O best seller de Tonia Casarin, “Liderança Exponencial”, vai nessa linha e exemplifica a liderança humana como um contraponto com as inovações tecnológicas. A autora lembra que ainda não criaram máquinas capazes de terem criatividade, compaixão, conexões sociais, consciência, entre outras qualidades tão humanas.
Unidos a essas habilidades, o líder terá que saber ouvir, ser cada vez mais transparente com a equipe, dotado de inteligência emocional, empatia e com uma comunicação assertiva. “O líder humano escolhe investir nas pessoas, para que se tornem indivíduos melhores e mais capacitados, e consequentemente, profissionais com melhor desempenho”, afirma Tonia.
Cinco pontos que reforçam o líder humano
Com base nesse pensamento, Casarin destacou cinco pontos importantes que reforçam a importância do líder ser cada vez mais humanizado. Confira:
- Aumento da produtividade: Com um clima no ambiente de trabalho mais leve e humano, a equipe consegue trabalhar em harmonia, atuando com maior satisfação e tendo melhor performance. A autora exemplifica que o bem-estar do time impacta a produtividade, que tem reflexos diretos no alcance das metas da organização.
- Turnover menor: Os líderes humanizados reconhecem a sua equipe e dão a cada um do time o seu devido valor. Sendo assim, o colaborador tende a permanecer mais tempo na empresa. Tonia conta que a retenção de talentos é um desafio para as empresas de todos os portes e segmentos. “Hoje, a grande maioria dos profissionais busca um propósito na carreira e deseja atuar em organizações com valores alinhados aos seus. Nesse sentido, ter um líder engajado com o aspecto humano é um grande diferencial”, resume.
- Cultura forte: Criar mecanismos de compartilhamento de conhecimento, como encontros em que todos possam dividir o que pesquisaram e refletiram. Desenvolver a criatividade, é outro aspecto importante, pois amplia as chances de que ideias distintas se complementem. Além disso, ter uma cultura que prioriza a segurança psicológica é um fator de enorme relevância. “A humanização potencializa a cultura da empresa, pois os colaboradores se sentem acolhidos e entendem que podem ter voz ativa, dar ideias, propor, independentemente do cargo que ocupam. Isso acaba sendo um atrativo.”, defende.
- Desenvolvimento de carreira: Com esse tipo de liderança, todos os colaboradores tendem a ter maior crescimento profissional. “O líder humano compreende melhor as necessidades da sua equipe, nas dimensões pessoal e profissional. Ele estimula o crescimento de todos, eliminando práticas discriminatórias e atuando para que o ambiente de trabalho seja cada vez mais diversos e representativo. Tudo isso ajuda a formar novos talentos e desenvolver pessoas”, comenta a autora.
- Compaixão: Um ambiente onde a liderança é preparada para ouvir e compreender as pessoas que estão na sua equipe é essencial. “Líderes verdadeiramente eficazes são capazes de expor as próprias vulnerabilidades, assim como aceitar e ser compreensivo com a dos seus colaboradores”, finaliza Tonia.
Por Priscila de Paula – Redação MundoCoop