O OKR (Objectives and Key Results) tem se tornado uma das ferramentas mais importantes para as empresas e cooperativas, que desejam melhorar as suas estratégias e crescimentos no mercado.
Seu propósito é medir os objetivos e resultados chaves, combinando os valores de uma companhia com estratégia de trabalho, criando transparência, dando autonomia aos colaboradores e melhorando engajamento e a comunicação.
Henrique Mata, gerente de agilidade e especialista em OKR da SIS Innov & Tech, explica que o uso desse instrumento tem permitido que o time siga para uma mesma direção, e se torne um objeto estratégico da empresa. “Se a companhia deseja crescer 80% em um ano, ela precisa ter propósitos divididos pelas áreas da organização, por períodos semestrais, trimestrais, mensais e até iniciativas quinzenais, que atuam no corpo tático e estratégico”, explica Henrique.
O especialista lembra que o objetivo precisa ser inspirador, com um conjunto de resultados-chave numéricos, que apoiam os KPIs e as suas decisões para tangibilizarem onde se deseja chegar. Mas, claro, palpável e dentro da realidade para não desestimular o time.
Para ajudar as empresas e cooperativas aproveitarem bem o OKR (Objectives and Key Results), Mata separou cinco dicas quem desejam investir na estratégia. O primeiro ponto é inserí-lo dentro da cultura da cooperativa para que todos sigam na mesma direção. “Só assim é possível garantir o comprometimento de todas as partes envolvidas”.
Outro ponto fundamental para o uso da ferramenta nas cooperativas e empresas é ter paciência durante o processo de implementação do processo. “Para que isso ocorra, é preciso estabelecer objetivos claros e redobrados por áreas e períodos. No acompanhamento, é necessário flexibilidade para entender a evolução das ações, momento da empresa, comportamento do mercado e outros. Muitas vezes é preciso revisitar o objetivo para alinhar a uma nova estratégia”, afirma Henrique.
Na aplicação da ferramenta é essencial que a cooperativa tenha transparência, pois segundo Henrique, o OKR pode ser feito de diversas maneiras, entre elas as planilha ou ferramentas como PowerBI, Jira, Confluence. “O importante é que o documento fique acessível para que todo o time tenha acesso e trabalhe com transparência”, lembra Mata.
Não podemos nos esquecer de acompanhar as evoluções métricas. O especialista ressalta que criar OKR e esquecer a existência dele não será vantajoso para a empresa e a cooperativa. “É preciso acompanhar constantemente as métricas para saber o que funcionou, o que precisa de adaptação, onde o time pode se dedicar mais”, diz o executivo.
O último ponto fundamental no processo é estar atento a segurança psicológica. “Metas e objetivos podem gerar uma pressão no time. A alta liderança da companhia precisa tratar isso com muita responsabilidade para garantir segurança e cuidar do bem-estar dos colaboradores. O OKR mede sucesso sem a pressão de executar e, por isso, exige muita confiança dos líderes para com seus liderados. É fundamental saber ouvir ideias dos colaboradores para que tudo funcione como esperado,” finaliza o especialista.
Por Priscila de Paula – Redação MundoCoop