Investir em um negócio ou cooperativa não é uma tarefa tão fácil assim, sobretudo após períodos de crise. Em tempos de pós-pandemia, manter o sucesso e as atividades das cooperativas se tornou um exercício de resiliência e de muita habilidade. Ao longo dos últimos anos, algumas empresas e cooperativas não conseguiram essa proeza e desapareceram do mapa. Outras ainda tentam remar contra a maré, e usam habilidades como a criatividade e mãos de obra diversificada para lidar com os desafios do mercado.
Muita coisa mudou no mercado de um ano para cá, sobretudo com relação à tecnologia. O ano passado presenciou grandes eventos como a Copa do Mundo e as Eleições, representando um período instável para o mercado. “Podemos dizer que 2023 é um ano de muitas novidades, porque ninguém sabe como o mercado vai reagir ao novo contexto político. A dica é o empresário e o cooperativista focarem somente naquilo que está sob o seu controle. Fatores externos, não conseguimos mudar. Desse modo, os empreendedores precisam destinar suas energias em estruturar e melhorar o seu negócio com base no que podem controlar e planejar”, indica Marcos Martins, empresário e sócio-fundador da Lamas Moda Feminina.
Acelere o negócio
A grande pergunta dos empreendedores e das cooperativas é como acelerar os seus negócios em tempos de desafios e de muitas mudanças tecnológicas surgindo. Para ajudar a encontrar um caminho para tantos dilemas lentados pelas cooperativas, os especialistas Tiago Tessmann, sócio e fundador do Conversão Extrema e da Blueberry Marketing Digital e Marcos Martins foram unânimes em ressaltar a importância de se investir nas ferramentas digitais, e organizar a empresa nos processos, pessoas e produtos. “Acertando essas questões, o cooperativista e empreendedor consegue escalar as vendas com o auxílio da internet”, aconselha Marcos.
Para o empresário da Lamas Modas, não existe uma fórmula para o sucesso. A dica é conhecer bem o produto, o mercado, inovar sempre e se diferenciar da concorrência. “Foque em entregar o melhor para o seu cliente, pois é isso que fará uma marca ser lembrada”, diz Martins.
Os desafios digitais
Durante a pandemia foram os recursos tecnológicos que alavancaram as empresas e fizeram com que várias cooperativas se mantivessem sobreviventes em meio à crise econômica enfrentada pelo país. Tiago conta que quando uma empresa ou cooperativa possui presença digital, as oportunidades de fechar um negócio são maiores, em grande parte dos segmentos.
Ele exemplifica que outro ponto-chave para manter o negócio da cooperativa acelerado é conhecer o público-alvo e quais são as suas necessidades. “Conhecendo o cliente, o empreendedor pode divulgar seu produto ou serviço por meio de anúncios patrocinados. Quando a estratégia é bem planejada, ela aumentará o número de leads que acessam o seu site, atraindo compradores em potencial”, lembra Tiago.
No entanto, um dos maiores desafios para as cooperativas é acompanhar as transformações que acontecem no mercado, especialmente com relação as novas tecnologias e ferramentas de vendas e marketing digital. “Se as coisas estão mudando a todo instante, e velozmente, é necessário que o empreendedor e o cooperado tenha essa abertura para as novidades, caso contrário o negócio tende a não dar certo”, lembra Tessmann.
Especialistas explicam que tanto os cooperados, quanto os empreendedores precisam manter um olhar cuidadoso para o negócio e acompanhar as tendências de mercado. “A atenção deve se redobrar sobre as tecnologias que surgem e podem ser usadas estrategicamente no negócio. Nesse cenário, a pessoa que tem resiliência é capaz de lidar com as mudanças tecnológicas e pressões do dia a dia”, indica Tiago.
É necessário que haja uma abertura para o novo e para as mudanças do mercado. Essas são formas de acompanhar as transformações da sociedade e como elas impactam os modelos de compra e venda. “Os empresários precisam se reinventar e se atualizar, porque o que funcionava no passado pode ser que não funcione mais. É importante manter a mente aberta e atualizada com as novidades do mercado. Essa falta de percepção é o maior desafio pois, infelizmente, ainda é muito comum ver pessoas que não pensam em mudar e por isso ficam estagnadas em seus negócios”, finaliza Martins.
Por Priscila de Paula – Redação MundoCoop