O Consimares (Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Campinas) dá mais um passo para transformar em realidade a formação de uma rede de cooperativas de reciclagem para ampliar a coleta seletiva de resíduos, fomentar a economia circular, gerar trabalho e renda. Visitas técnicas começam a ser realizadas nos municípios por meio da parceria com a Ambipar VirAser, que coloca à disposição das cidades consorciadas toda sua experiência de sucesso na implantação e autogestão de cooperativas. Das sete cidades que integram o Consimares, Capivari, Elias Fausto, Hortolândia e Monte Mor já receberam a visita. Sumaré e Nova Odessa devem receber o grupo técnico nos próximos dias.
De acordo com o superintendente do Consimares, Valdemir Ravagnani, o Mimo, durante a visita é apresentado a cada município um estudo de território para viabilização da cooperativa de reciclagem. O ponto de partida para o plano de ação é o município disponibilizar um barracão para abrigar a central de triagem de materiais recicláveis e um caminhão para coleta seletiva.
Quatro cidades do Consimares ainda não possuem coleta seletiva de resíduos: Capivari, Elias Fausto, Monte Mor e Sumaré. Dados do PIGIRS (Plano Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos), de 2021, revelam que, juntas, as quatro cidades produzem, por dia, mais de 80 mil toneladas de resíduos secos (plásticos diversos, papel, alumínio, vidro, dentre outros) com potencial de reciclagem, que poderiam ser desviados dos aterros sanitários.
“Em parceria com a Ambipar Viraser, queremos ajudar esses municípios a implantar a coleta seletiva por meio de cooperativas e ampliar nas cidades que já possuem, caso de Hortolândia, Nova Odessa e Santa Bárbara d’ Oeste”, afirma Ravagnani.
De acordo com o presidente do Consimares, Maurício Baroni, a meta é criar uma rede com 16 cooperativas até 2032, conforme meta estabelecida pelo Plano Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que segue as diretrizes do Planares (Plano Nacional de Resíduos Sólidos). “Cerca de 30% dos resíduos que chegam aos aterros sanitários tem potencial de reciclagem”, observa Baroni.
Durante as visitas técnicas, realizadas na semana passada, representantes de cada município também puderam se informar e tirar dúvidas sobre o projeto de fomento à economia circular e a respeito das responsabilidades de cada uma das partes para que todas as ações possam acontecer de forma eficiente para obter resultados a curto prazo, completou Juliana Navea, CEO da Ambipar VirAser.
Juliana saiu animada com a recepção ao projeto. “Os municípios representados pelos prefeitos, a partir da assinatura do termo de parceria técnica entre Ambipar VirAser e Consimares, demonstraram abertura e engajamento à proposta de tornar o território circular e referência na gestão dos resíduos sólidos recicláveis no Estado de São Paulo e no Brasil”, assinalou.
Benefícios
A CEO da Ambipar VirAser destaca algumas vantagens para os municípios que fazem parte do projeto. “O fato de as cidades estarem integradas no formato de Consórcio já as coloca numa dianteira de articulação. Isso possibilita fazer parte de uma estratégia mais integrada no sentido de conectar e facilitar ações conjuntas que na sua individualidade não seria possível. Acessar recursos financeiros e técnicos, por exemplo, considerando que no território como um todo as cidades são de pequeno e médio porte, fortalece e contribui para que o PNRS-Política Nacional de Resíduos Sólidos possa ser implantada de forma mais acelerada”, explica Juliana.
Capivari é uma das cidades do Consórcio que pretende implantar a coleta seletiva por meio de cooperativas. “Temos enorme interesse nesse projeto e o prefeito (Vitor Hugo Riccomini) está apoiando fortemente”, comentou Diogo Tedeschi, diretor municipal de Meio Ambiente. Segundo ele, a expertise da Ambipar VirAser e a necessidade de capacitação para a condução das cooperativas e seus cooperados estão entre os benefícios para aderir ao projeto.
A Ambipar VirAser oferece novas soluções para aumentar os índices de reciclagem e criar um território com maior circularidade de resíduos. O projeto visa atender à política de regionalização de resíduos para obter ganhos de escala na recuperação de embalagens pós-consumo, reduzindo a destinação incorreta desses materiais para aterros sanitários, além de abastecer o mercado da reciclagem.
Fonte: Portal Hortolândia