O relatório – The State of App Marketing Brazil 2022, da AppsFlyer – líder global em mensuração e análise de dados para aplicativos, lançado nesta segunda-feira, dia 07 de novembro, revela que os profissionais de marketing de aplicativos investiram US$ 1,876 bilhões de dólares somente no Android – principal plataforma de apps do país – para atrair usuários brasileiros – entre julho de 2021 a junho 2022 – em todas as verticais, com exceção do universo de games. Além dos gastos, o estudo também aponta as futuras tendências e oportunidades para os profissionais e desenvolvedores da área e também traz recortes do perfil de consumo dos brasileiros nos aplicativos.
“O mercado de aplicativos no Brasil está passando por um momento adverso em 2022. As restrições de privacidade na plataforma do iOS, somadas às condições de mercado únicas que afetaram o Brasil em 2022, aprofundaram os desafios dos profissionais de marketing mobile locais, canais de mídia e demais players do ecossistema mobile. Com essas condições, esse mercado tem pouca liberdade para experimentar estratégias novas, o que faz com que eles se concentrem quase totalmente nas estratégias mais rentáveis. Ou seja, esses não são tempos fáceis, mas a boa notícia é que momentos como esse também representam uma ótima oportunidade para aqueles que souberem aproveitá-la”, detalha Marlon Luft, Diretor de Marketing da AppsFlyer.
Entre os principais dados e insights, o estudo revela que o mercado de aplicativos no Brasil demonstrou um cenário de desaceleração do crescimento no primeiro semestre de 2022. Em meio à recessão econômica, inflação mundial e guerra da Ucrânia, o mercado apresentou um declínio de 1% no número de instalações mensuradas em comparação com o mesmo período de 2021. De maneira geral, a plataforma Android representou um declínio de -3%, enquanto apps do iOS obtiveram um aumento de 18% em instalações no mesmo período.
Veja alguns dados e insights do The State of App Marketing Brazil 2022, da AppsFlyer:
Dados e investimentos
- Investimentos em UA (aquisição de usuários) para aplicativos Android representam 96% de todos os investimentos em UA feitos no Brasil.
- NOI’s (instalações não orgânicas) em declínio no Brasil pela primeira vez em 4 anos, chegando em 13% no primeiro semestre de 2022.
- Queda na taxa de usuários que realizam uma compra pela primeira vez, ao longo de 30 dias desde a instalação.
- No Brasil, o share de remarketing aumentou em 9,2% no 2° trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2021.
- Média do share de aquisições de remarketing no Brasil está entre as mais altas do mundo, registrando uma média por app de 74,6% de instalações vindas de remarketing no 2° trimestre de 2022.
- Salto de 360% no uso de mídias próprias no Android e de 200% no iOS.
- Média de fraudes no 1° semestre de 2022, considerando todas as verticais de apps, foi de 12,2%, onde 10,7% são para Android e 13,6% iOS. Os números representam um declínio de -21% (Android) e aumento de 32% (iOS), em comparação com o mesmo período do ano passado.
Perfil de consumo
- Aumento de instalações nos aplicativos de finanças (50%), saúde e bem-estar (129%), e viagem (35%) no primeiro semestre de 2022.
- Android é a principal plataforma de instalações de apps no Brasil, com um share de mercado de 86,5%.
- Brasil registrou o pico mais acentuado do mundo de instalações de apps durante a Black Friday do ano passado.
- Aplicativos registraram um aumento de 44,8% nas compras in-app no segundo trimestre de 2022.
- Anualmente, pico de compras in-app ocorre naturalmente durante o período de festas do quarto trimestre, principalmente em novembro, em todas as verticais.
- Usuários consumindo cada vez mais em diferentes apps, como e-commerce (12,20%); estilo de vida (10,21%); finanças (9,02%); negócios (6,15%); entre outros.
Metodologia
O relatório The State of App Marketing Brazil 2022 apresenta uma análise de 4,5 bilhões de instalações de apps (non-games) no Brasil, contemplando 12 mil aplicativos – considerando o período de julho de 2021 a junho de 2022.
O estudo está disponível clicando aqui.
Fonte: KPMG