Aconteceu hoje (27), o primeiro dia do Congresso Latino-americano de Educação e Inclusão Financeira (CLEIF). A Febraban (Federação Brasileira de Bancos), com o apoio do Banco Central do Brasil, integra em 2022 o “Summit de Saúde Financeira”, junto ao “Congresso Latino-americano de Educação e Inclusão Financeira (CLEIF)”, organizado pela Felaban (Federação Latino-Americana de Bancos) e que reúne 18 países do continente e mais de 600 bancos e instituições financeiras da América Latina.
Realizado em diversos países ao longo de suas seis edições passadas, o Congresso neste ano acontece de forma híbrida, com transmissão pelo canal da Febraban no YouTube.
Com a participação de especialistas do setor financeiro e de órgãos governamentais e outros convidados, o evento busca levantar as principais questões a respeito do atual momento do mercado financeiro, destacando a relação entre o desenvolvimento econômico do país e a educação financeira.
Logo pela manhã, o Congresso contou com a abertura de Isaac Sidney, Presidente da Febraban; Maurício Moura, Diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do BACEN e Giorgio Trettenero, Secretário Geral da FELABAN. Para Sidney, a pandemia trouxe várias questões ao mercado financeiro. Segundo ele, tal período estimulou um olhar para o mercado interno, tirando de cena um importante movimento de cooperação entre diferentes países.
Para ele, as atuais prioridades do mercado devem incluir o avanço para um sistema financeiro igualitário e inclusivo, e para isso, a educação financeira torna-se um pilar vital. “É urgente falarmos sobre educação e inclusão financeira regional, como medida estruturante de iniciativas e medidas públicas”, reforçou. Trettenero, Secretário Geral da Felaban, reforçou a importância de aumentar a cooperação entre diferentes países, estimulando um crescimento econômico, e destacou o papel do Brasil. “O Brasil está na frente na busca por um sistema financeiro mais moderno e inclusivo”, completou.
Para finalizar, Maurício Moura, Diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do BACEN, reafirmou o papel do BC nesta agenda. “Não cabe ao Banco Central desenhar como as instituições financeiras devem incluir a tecnologia. Devemos dar condições para que elas desenvolvam seus produtos de uma forma adequada, para que que haja uma competição saudável ao consumidor”, finalizou.
Destaques
Após a abertura, painéis especiais debateram os temas que estão ditando o futuro do mercado. Em “Saúde financeira, finanças responsáveis e a sustentabilidade do sistema financeiro”, os convidados puderam aprofundar o conceito de saúde financeira e de finanças responsáveis, indicando a sua relevância para o desenvolvimento sustentável e a longevidade do próprio sistema financeiro; assim como a relação entre a saúde financeira e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Já no período da tarde, a inovação digital e o foco em uma inovação em muitos países, foram tema da palestra especial “Inovação digital e inclusão financeira – desafios e perspectivas”. Além disso, a discussão buscou desvendar a difícil missão de promover saúde financeira para todos os usuários de serviços financeiros digitais.
Para concluir o primeiro dia, a sessão especial “Central Bank Digital Currencies (CBDC) e Inclusão Financeira – O caso do Real Digital” promoveu um debate sobre grandes tendências que chegarão ao mercado em 2023, como o real digital, atualmente em desenvolvimento no país, que pode alavancar a inclusão financeira no Brasil.
O Congresso Latino-Americano de Educação e Inclusão Financeira 2022 acontece de 27 a 28 de setembro, e pode ser conferido através do canal oficial da Febraban no YouTube.
Por Redação MundoCoop