Recentemente, o Ministério da Fazenda anunciou um pacote com medidas de estímulo ao crédito, como a permissão para o uso de recursos de previdência complementar aberta e de títulos de capitalização, como garantias em operações de crédito, com efeito de redução das taxas de juros dos empréstimos. O órgão afirmou que o objetivo é prover liquidez para aplicadores de previdência, evitando resgates e incentivando a formação da poupança previdenciária.
A CNseg avalia a medida como positiva, porque oferece dois efeitos práticos. O primeiro se refere a diminuição nos resgates de poupanças individuais em momentos de necessidade. O segundo, diz respeito ao empréstimo pessoal mais barato, uma vez que a medida reduz a taxa de juros da operação, que terá uma garantia real atrelada, nos moldes dos financiamentos habitacional e de veículos, que possuem taxas menores, por serem garantidos pelo bem financiado.
Dyogo de Oliveira, presidente da CNseg, avaliou que a ação pode impulsionar a economia. “Eu acredito que cerca de 5% a 10% destas reservas se transformarão em crédito. Sendo assim, estamos falando de R$ 60 bilhões a R$ 120 bilhões. Se um pequeno percentual desta base se transformar em garantias para crédito, o efeito será extremamente significativo para a economia brasileira”.
Por Karem Soares – Redação MundoCoop