14º Concred: um olhar do cooperativismo para a inovação

O segundo dia do Concred contou com apresentações que focaram a tecnologia da informação e ideias inovadoras para o avanço do cooperativismo brasileiro de Crédito. As palestras suscitaram reflexões dentro do tema da edição deste ano, intulado: Futuros Plurais e a Essência Humana: horizontes do Cooperativismo Financeiro rumo à Sociedade 5.0. Nesse sentido, destacaram-se as palestras: Inovação (Rivadávia Drummond), Inovação pelo Design (Daniel Quintana) e Future Thinking (Jaqueline Weigel), além da apresentação do case de sucesso da Cooperforte. Qualquer inovação para ser implementada e, de fato, transformar a realidade de uma organização precisa de continuidade, ou seja, de uma mudança cultural. Nesse sentido, também foi apresentada ao público a palestra Mudança de Cultura ou Cultura da Mudança? (Romeo Busarello). “Fiquei encantado com essa palestra. O desafio é se abrir para as possibilidades e encarar a realidade do futuro, que é a mudança constante”, afirmou o conselheiro fiscal da OCB/PE, Marco Antônio de Oliveira.

Na apresentação realizada por Rivadávia Drummond, o público pôde acompanhar a explanação sobre aspectos fundamentais para proporcionar o crescimento ao se fazer inovação. “As alavancas de inovação na área de tecnologia são: produtos e serviços; processos, ou seja, que ações que escrevam processos, e as instituições financeiras são fenomenais nesse sentido; e inovação tecnológica com tecnologia da informação. Do outro lado, a inovação em modelo de negócio envolve: cliente, proposta de valor e cadeia de suprimento. Quando combino essas alavancas, fica muito mais fácil gerar resultados a partir da inovação”, finalizou. Para o coordenador de Infraestrutura da Sicredi Pernambucred, Thiago Sales, a palestra foi significativa. “Foi importante por trazer visões diferentes, pois a expectativa é sempre aprender. A gente veio atrás de novas ideias, para sair da caixinha rumo a um lugar diferente, buscando inovar mesmo. E, na área de infraestrutura, isso é fundamental”, frisou Sales.

O case Cooperforte: Tecnologias Financeiras foi um dos grandes destaques relacionados ao tema. Na oportunidade, o diretor presidente da cooperativa singular, Edson Monteiro, destacou o quanto a inovação tem sido fundamental. Com 38 anos de atuação e 150 mil associados, a coop de Brasília, ousou ao implementar a tecnologia da assembleia digital já em 2020, no auge da pandemia, quando pouco ainda se sabia sobre os recursos relacionados à viabilização de eventos virtuais. Hoje a cooperativa se destaca com tecnologia voltada à associação digital, que permite ao interessado associar-se à cooperativa enviando seus documentos virtualmente. Ainda sobre tecnologia e inovação, a palestra Cooperativas Financeiras e Tecnologia na Sociedade 5.0, com o co-fundador da Pic Pay, Diogo Roberte, mostrou a necessidade de transformar a visão acerca do valor gerado. O palestrante focou na forma como o cooperativismo está alinhado com o momento, em busca de interação. Ele ressaltou a questão do payback, fazendo o público perceber que, no cooperativismo, já temos um pay back natural, que é a distribuição de sobras. E, no nosso universo, há o diferencial de existir um senso de coletivo, que é o que o mundo está precisando”, afirmou Edis Matsumoto, vice-presidente da Sicredi Vale do São Francisco.