Desvendar tendências. Antecipar desafios e oportunidades. Identificar na cooperação, a resposta para os dilemas da atualidade. Estes e outros objetivos, foram destaque durante o primeiro dia do CoopTalks Summit, o maior congresso digital do cooperativismo.
Organizado pela MundoCoop, o evento – que chega à sua 4ª edição – reuniu um time de especialistas para uma série de debates sobre os principais temas de interesse da atualidade. Com mediação de Douglas Ferreira, diretor da MundoCoop, o palco virtual recebeu uma jornada de 4 horas de muito conteúdo, além de promover a interação com as mais de 2 mil pessoas assistindo ao vivo. Tudo isso, em uma homenagem ao Dia Internacional do Cooperativismo, que será celebrado neste sábado, 1º de julho.
A seguir, confira alguns dos destaques do primeiro dia do CoopTalks Summit 4ª edição!
Transformação, cooperação e propósito em foco
Trazendo o tema “A cultura por trás da transformação digital”, o primeiro painel da manhã recebeu Thammy Marcato, Diretora de Ecossistema e Inovação na KPMG & Distrito Leap; e Alberto Roitman, Sócio e Chief da Escola do Caos. Entre os principais temas do bate papo, esteve a importância de entendermos que a digitalização e a transformação digital não são sinônimas, com a primeira resultando na aplicação de tecnologias, mas sem necessariamente resultar em um processo de mudança. Para Thammy, além disso, é necessário entender o papel das pessoas no mundo atual, compreendendo como unir as novidades com a expertise dos indivíduos. “Uma estratégia bem-feita sabe identificar onde colocar o papel humano na transformação, gerando valor para ele”, destacou. Para completar, Alberto trouxe um panorama sobre as mudanças constantes nas organizações e nos negócios, lembrando que “os propósitos só funcionam se você consegue colocar sentido naquilo que está sendo feito”. Para finalizar, ele frisou que as pessoas precisam entender o propósito dos negócios dos quais fazem parte. Só assim, será possível promover uma mudança efetiva.
Destacando o tema “Liderança Disruptiva”, o consultor, mentor e palestrante, José Salibi, ressaltou mais uma vez a importância de as lideranças estarem atentas às transformações do mercado como um todo, e não apenas no meio onde estão inseridas. Durante sua fala, Salibi lembrou que os novos tempos pedem por novos perfis de liderança, e ainda, novas formas de gerir as cooperativas. Neste processo, compreender a mudança da força de trabalho analógica para a digital, e identificar a melhor forma de navegar nestas mudanças, faz com que o líder tenha que possuir uma postura diferente, mais atenta ao que acontece à sua volta. “Tudo está passando por uma grande transformação e o cooperativismo não está de fora”.
Com a mediação do professor autor da disciplina ESG do MBA na FGV, Rodrigo Casagrande, o painel “A nova era ESG: de soluções ao avanço” recebeu Maria Flávia Bastos, Professora, palestrante e escritora; e Débora Ingrisano, Administradora e especialista em comunicação e marketing estratégico. Entre os grandes focos, esteve a gestão de risco, um dos focos do ESG no futuro próximo. Para Maria Flávia, diferenciais estratégicos passaram a ser tornar uma regra, e as cooperativas que não adorarem tais normas, estarão operando em um ambiente de grande e constante risco. “Olhem para este tema. É mais saudável para a sua empresa caminhar através da gestão de oportunidades do que pela gestão de riscos”, afirmou. Além disso, as convidadas lembraram da importância de trazer mais representatividade para as posições de liderança no cooperativismo, trabalhando o pilar social e sedimentando o movimento como um reflexo da sociedade brasileira.
Como desvendar o futuro? A futurabilidade e os desafios foram o foco da palestra de Letícia Setembro, CEO & Founder da Seek Futures. Em “Guiando negócios para o Futuro”, Setembro lembrou como existem possibilidades de futuro, e de que forma podemos utilizar essas previsões para traçar estratégias no curto, médio e longo prazo. “Antes de algo se tornar uma tendência massificada, há sinais que indicam que algo novo está para surgir”, lembrou; ao destacar como as tendências são identificadas e se tornam algo concreto. Para que novas possibilidades se abram, é necessário abrir a mente, estar em uma busca constante pelo novo e ter uma curiosidade pelo que ainda não foi desvendado. Perguntando sobre inovações e tecnologias que ainda estão em fase de experimentação, ela lembra que testar e experimentar é importante e necessário, mas que se deve criar um ecossistema de cocriação de regra éticas para a aplicação massiva destas novas ferramentas.
Em seguida, “O futuro dos negócios e os negócios do futuro” foi o tema da palestra de Romeo Busarello, professor MBA, autor e palestrante. Durante sua fala, Busarello lembrou que para um negócio se manter ativo, é preciso pensar a frente, entender mudanças de mercado e se desprender de antigas convicções. Ao trazer exemplos clássicos, como a Kodak e a Blockbuster, o professor frisou que, os negócios – cooperativos ou não – devem estar sempre atentos ao que está surgindo, de forma a evitar um movimento de degradação antes do tempo. Para se ter um negócio longevo, é importante entender que velhas regras já não funcionam mais, e o que guiará o seu negócio rumo ao futuro, está surgindo a todo momento.
Já na reta final do primeiro dia, Kasuo Yassaka – Sócio Fundador da Yassaka Educação Comercial – trouxe para o palco novas visões sobre os negócios, com sua palestra “Negócios com significado”. Em sua fala, ele destaca que o mundo está passando por um momento de transição, se recuperando de uma das maiores crises sanitárias da história e de um momento econômico frágil em todo o mundo. Para “sobreviver” neste novo status quo, o “significado do seu negócio precisa vir a frente”. É preciso falar sobre o propósito constantemente, emanando os valores da cooperativa em meio ao contexto atual. Se torna necessário entender que discutir tais pontos faz parte do dia a dia da cooperativa, de forma a garantir sua longevidade.
Finalizando o ciclo de palestras e painéis, o palco virtual do CoopTalks Summit recebeu a CEO da Quanta Previdência Cooperativa, Denise Maidanchen. Em “Os impactos da longevidade no cooperativismo”, ela lembra que o Brasil está passando por um processo de envelhecimento, e cada vez mais é necessário entender a magnitude da geração prateada. “Não adianta apenas fazermos nossos negócios prosperarem, e não trazer a sustentabilidade para as nossas vidas”. O processo de envelhecimento mudou, e torna-se vital criar oportunidades para que a longevidade seja atingida de forma plena. Para isso, cooperativas e outros negócios devem criar produtos, estratégias e experiências que entendam as dificuldades e demandas dessa parcela da população. As pessoas estão ganhando mais anos de vida, mas não necessariamente com qualidade de vida. Cabe ao cooperativismo e à sociedade como um todo, garantir que o Adulto+ envelheça com saúde, conhecimento, socialmente e financeiramente são, viabilizando uma longevidade ativa.
CoopTalks Summit
Compartilhando conhecimento para o futuro do cooperativismo, o CoopTalks Summit chega à sua 4ª edição mais uma vez, homenageando o Dia Internacional do Cooperativismo.
A MundoCoop agradece a todos os palestrantes e patrocinadores que fizeram parte do primeiro dia, e te convida a conferir mais uma vez na íntegra os painéis e palestras apresentados.
Para conferir a programação completa do segundo dia e fazer a sua inscrição, acesse o site oficial do evento.
Por Redação MundoCoop