Com mais de 15,6 milhões de pessoas físicas e jurídicas participando de cooperativas e 55,3% dos municípios brasileiros com uma unidade física de atendimento, o Pix pode ainda impulsionar este número nos próximos anos, auxiliando nas diversas operações que hoje utilizam os cartões de débito, ou outros meios de pagamento dentro das cooperativas de crédito.
Uma cooperativa de crédito é uma instituição financeira controlada pelos próprios membros que pode oferecer serviços bancários, como contas, empréstimos e investimentos. Essas instituições, regulamentadas pelo Banco Central, destacam-se por oferecer tarifas menores e atendimento personalizado, tornando-se uma alternativa comunitária de acesso a serviços financeiros.
“As cooperativas de crédito desempenham um papel importante na promoção da educação financeira e no fortalecimento da economia local, estimulando o desenvolvimento sustentável”, explica Wellington Silva, head de produtos na C&M Software, empresa idealizadora do ‘Yellow”, sistema que auxilia cooperativas no Brasil, por meio do financiamento via Pix.
O papel da cooperativa de crédito no mercado brasileiro é oferecer serviços financeiros, como empréstimos, contas e investimentos, de forma cooperativa e de propriedade de seus membros. Ela busca atender às necessidades financeiras dos associados, promovendo a inclusão financeira e proporcionando taxas de juros mais favoráveis.
Além disso, as cooperativas de crédito desempenham um papel importante na promoção da educação financeira e no fortalecimento da economia local, estimulando o desenvolvimento sustentável.
“As cooperativas podem conceder empréstimos, financiamentos e outras formas de crédito para atender as necessidades financeiras tanto de pessoas físicas quanto jurídicas. A disponibilidade e as condições de crédito podem variar de acordo com a política de cada cooperativa e as características do solicitante”, finaliza Wellington Silva.
Um estudo publicado pelo Banco Central (BC) revelou que o PIX, implantado em todo o país em 2020, tornou-se uma ferramenta essencial para a inclusão financeira dos brasileiros. Desde seu lançamento, 71 milhões de brasileiros passaram a realizar transações financeiras por meio do PIX, segundo dados coletados até dezembro de 2022. Conforme o levantamento do BC, a região Nordeste é a segunda do país onde a utilização do PIX é mais frequente, atrás apenas da região Norte: os nordestinos realizaram uma média de 19 transações por pessoa entre novembro de 2020 e dezembro de 2022.
A popularização do PIX é notável também nas instituições financeiras cooperativas. O Sicredi, instituição cujo objetivo é promover a inclusão financeira e a bancarização da população, registrou quase 1 milhão de operações via PIX na região Nordeste entre janeiro e julho deste ano. No total, foram 494.959 operações de saída e 495.890 operações de entrada de valores, considerando transferências entre contas Sicredi na região Nordeste. As transações representam um montante de mais de R$ 1,3 bilhão movimentados entre contas da cooperativa na região nos primeiros sete meses de 2023.
Conforme o estudo do Banco Central, o número de operações por PIX é ainda maior em cidades que não possuem agências bancárias físicas. No Nordeste, 60% dos municípios não possuem agências físicas. Como parte de seu esforço para estimular a inclusão e a educação financeira da população tanto em meios digitais quanto físicos, cooperativas vem adotando um movimento de expansão de sua presença, especialmente em cidades que ainda não contam com o serviço. Com isso, estão se firmando como grandes impulsionadoras da ferramenta, promovendo transformação e mais comodidade para os brasileiros.
Tal impacto não é uma surpresa. Em recente live promovida pelo BC, números atualizados mostraram a importância do setor. Hoje, são 300 cidades onde a cooperativa é a única instituição financeira presente. Além disso, o setor já possui R$590bi em ativos (29% de crescimento no ano); R$383bi em crédito (crescimento de 22%, superior à média de crescimento do restante do SFN,de 6,5%) e mais de R$358bi em depósitos (crescimento de 30% ano (contra 7%, em média, do restante do SFN). São hoje 9122 agências e mais de 16 milhões de cooperados. “O setor tem crescido a taxas superiores do Sistema Financeiro Nacional (SFN). O BC dá espaço e apoia o cooperativismo, que caminha com as próprias pernas”, disse o chefe do Desuc.
Fonte: BC/Portal do Litoral/Tribuna