O mercado de seguros foi ressignificado após a pandemia, ganhando mais projeção e espaço na casa do consumidor brasileiro. Diante de novas tendências e novidades no setor, o Grupo Mongeral realizou na última semana o Congresso Potencialize, onde celebrou os 188 anos de atuação da MAG Seguros, seguradora especializada em vida e previdência. A MundoCoop, grande apoiadora deste movimento, esteve presente acompanhando as celebrações.
Reunindo lideranças, convidados e palestrantes de diferentes mercados, o evento híbrido buscou destacar o novo momento do setor de seguros, destacando novos players que ganharam espaço nos últimos meses. Entre eles, as cooperativas, que tem sido grandes parceiras do mercado de seguros em diversas frentes.
O cooperativismo tomou conta do palco na sexta no painel especial “Mercado do Cooperativismo”, que recebeu Remaclo Fischer, presidente da Unicred, Cledir Magri, presidente da Cresol, Miguel Ferreira, presidente do conselho de administração do Sicoob, e Adelino Sasse, diretor da Alios. A mediação foi de Helder Molina, CEO da MAG.
Durante o bate papo, os participantes destacaram o propósito, um elemento que destaca as cooperativas em meio ao mercado tradicional. Em sua fala, Remaclo destacou o papel da cooperativa em proporcionar ao cooperado uma terceira etapa de vida digna. Para ele, uma postura única no acolhimento ao cooperado destaca as cooperativas.
Adelino Sasse, por sua vez, chamou atenção para a perda da essência, tema muito discutido atualmente dentro das cooperativas. Para ele, recuperar o propósito e essência original do movimento é uma missão de caráter urgente. “Como você vê a abrangência de ser mais inclusivo dentro do cooperativismo? “Recuperar o propósito. A gente teve um momento que a gente tinha que vender seguro de qualquer maneira. Acabamos vendendo para pessoas erradas, elaborando o perfil fora do padrão. A gente precisa olhar para aquilo que é a essência das organizações. Temos por essência olhar para o dono, porque os associados são os donos das cooperativas”, frisou.
A união entre o passado e o futuro foi o principal foco da fala de Cledir Magri, que reforçou a necessidade de acompanhar novas tendências, ao mesmo tempo em que acontece a manutenção dos propósitos originais do movimento. “O propósito é o que nos coloca em movimento e à frente do mercado. É preciso reconhecer que a cooperativa se distanciou do cooperado. Para seguirmos na dianteira, é preciso lembrar: neste caminho, o ponto de partida é o cooperado”, destacou. Com crescimento acima de 42% nos últimos anos, a Cresol é um dos principais players do mercado atual. Magri destacou esse novo contexto, e como a cooperativa se comporta neste meio. “A indústria financeira, é mais voraz. Na medida que incorporamos isso, temos um compromisso moral de garantir a valorização e o cuidado com esses valores que são gerenciados para os associados. É uma jornada que exige muito”, completa.
Por sua vez, Miguel Ferreira de Oliveira, presidente do Sicoob Planalto Central, lembrou da necessidade de criar caminhos para amparar o cooperado nas mais diversas questões, com a intercooperação sendo o principal meio para atender à todas as demandas do colaborador.
Essência em foco
Ainda durante o Congresso, a MAG promoveu uma conversa sobre a importância do cooperativismo para o mercado de seguros. Com mediação de Ricardo Balbinotti, diretor de cooperativismo na MAG, o painel recebeu Marcio Port, Presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste; Donizete José, Diretor do Conselho CrediSIS e Adriano Michelon, Diretor Superintendente da Cresol.
Na conversa, os representantes destacaram o desafio em levar o cooperativismo para mais pessoas, uma missão que passa pela forma como o movimento se comunica e se mostra para o mercado como um todo. Além disso, destacaram a conexão das cooperativas com o brasileiro, onde o movimento está presente há mais de 120 anos. Para Porte, reconhecer o papel do cooperado nesta história centenária é vital para a longevidade do setor. “Uma história centenária se constrói com a noção de que não fazemos nada sozinhos”, destacou.
Para completar, os convidados ainda lembraram que é preciso e necessário levar a cooperativa para um público mais jovem, de forma a captar um possível cooperado que hoje se volta para outras soluções. Para isso, destacar a essência e a relação humanizada devem ser objetos de atenção neste processo. “O cooperativismo tem em sua essência a parceria. A conexão com o cooperado é forte e exemplar”, concluiu Donizete.
Por Redação MundoCoop, com informações de CQCS