Para marcar o Dia Internacional da Mulher (8 de março), o Comitê de Igualdade de Gênero da Aliança Cooperativa Internacional (GEC) reiterou seu compromisso de dar visibilidade e apoio às mulheres no movimento cooperativo.
Em uma declaração publicada ontem, o GEC ressaltou que as cooperativas – como empresas guiadas pelos valores da autoajuda, auto-responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade – oferecem “oportunidades únicas para as mulheres ganharem propriedade, levantarem suas vozes e participarem ativamente em suas comunidades”.
“O movimento cooperativo compartilha a visão da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável de um mundo livre da pobreza, onde os seres humanos ‘podem realizar seu potencial em dignidade e igualdade e em um ambiente saudável'”, diz a declaração.
“O Comitê de Igualdade de Gênero da Aliança Cooperativa Internacional luta pelo progresso da participação e liderança das mulheres nas esferas econômica e social. Nós continuaremos trabalhando para dar visibilidade e apoio às mulheres no movimento cooperativo. Acreditamos que as cooperativas são um valioso motor para a igualdade de gênero. Ao oferecer oportunidades de independência econômica e de participação em ações coletivas, as cooperativas não beneficiam apenas as mulheres, mas toda a comunidade – essa dinâmica pode transformar a mentalidade coletiva de forma a impactar as próximas gerações.”
Em uma declaração, a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) destacou que as mulheres são desproporcionalmente afetadas pelas mudanças climáticas e pela pobreza extrema.
De acordo com a ONU Mulheres, uma em cada 10 mulheres no mundo vive em extrema pobreza, enquanto a mudança climática deverá deixar mais 236 milhões de mulheres e meninas com fome até 2030, o dobro do número de homens (131 milhões). Os conflitos também estão afetando as mulheres em todo o mundo, com 614 milhões de mulheres e meninas vivendo em áreas afetadas por conflitos, o dobro do número de 2017.
A ONU Mulheres estima que mais de 100 milhões de mulheres e meninas poderiam ser retiradas da pobreza se os governos priorizassem a educação e o planejamento familiar, salários justos e iguais e benefícios sociais ampliados. De acordo com a organização, fechar as lacunas de emprego de gênero poderia aumentar o produto interno bruto per capita em 20% em todas as regiões.
As cooperativas, fundamentadas em valores de autoajuda, autorresponsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade, oferecem oportunidades únicas para que as mulheres adquiram propriedade, levantem suas vozes e participem ativamente de suas comunidades. Essa participação ativa leva a efeitos positivos em cascata em várias esferas de suas vidas, beneficiando não apenas a si mesmas, mas também suas comunidades.
Fonte: ICA Coop/Coop News