De acordo com o relatório elaborado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, em conjunto com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a produção de alimentos precisa aumentar em 70% até 2050 para sustentar a população mundial.
Hoje, o agronegócio catarinense adota um importante papel e é responsável por 67,3% da exportação do Estado, além de representar 31% do Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina. No entanto, para atingir os objetivos estabelecidos pela ONU, é preciso modernizar a produção.
Por isso, as cooperativas do setor estão investindo em tecnologias e lideram a transformação no campo. É através delas que cooperados buscam o aprimoramento da qualidade dos seus produtos e, consequentemente, maior lucratividade.
As cooperativas possuem papel fundamental no desenvolvimento do agronegócio catarinense. Através delas, os cooperados têm acesso ao conhecimento e às novidades tecnológicas, para o incremento e melhoria dos índices produtivos e, por consequência, da rentabilidade e da qualidade de vida das famílias associadas — relata o presidente da Cooperalfa, Romeo Bet.
Para estimular o uso de novas tecnologias, as cooperativas oferecem benefícios diferenciados, como assistência técnica e seminários, apresentando e explicando sobre os produtos. O presidente da Cooperalfa, Romeo Bet, ressalta que é importante que os produtores tratem a vida no campo com uma visão mais empresarial, sem contar com a sorte.
Existem técnicas modernas para serem adotadas e tecnologias para a agricultura avançar muito mais, e a cooperativa oferece essas condições aos seus associados – enaltece o presidente.
Tecnologia e lucro
A Associação Brasileira de Startups (Abstartups) estima que são mais de 300 startups do setor rural que atuam no Brasil hoje, apenas na produção de softwares e aplicativos.
Um relatório divulgado no ano passado pela Radar Agtech Brasil mostrou ainda que as startups agro atuam, principalmente, no setor de fertilizantes, nutrição de plantas e os chamados inoculantes, uma substância que auxilia no desenvolvimento das plantas.
Para o engenheiro agrônomo e coordenador de agricultura da Cooperalfa, Claudiney Turmina, a produção agrícola ainda é lenta e existe muito para se explorar.
Isso pode acontecer seja por erros de plantio, por falta de correção de solo, erros de manejo, excesso ou pela falta de tecnologias. Precisamos do uso adequado de tecnologia para produzir mais por área, a custos menores e gerar aumento do lucro — explica o coordenador.
Segundo Turmina, o uso das tecnologias é fundamental para melhorar o desenvolvimento da renda agrícola. E para isso acontecer, é necessário adotar novas técnicas de produção, de manejo e uso de produtos. Assim será possível melhorar a produtividade e a rentabilidade das famílias que vivem do agronegócio.
O papel das cooperativas
Muito mais do que apresentar o produto novo, as cooperativas precisam ensinar e incentivar. Para isso, são realizados diversos trabalhos com equipes técnicas, palestras, campos demonstrativos, além de disseminação de informações através de diversos meios de comunicação, sejam eles internos ou externos.
Investir em tecnologias é fundamental para a evolução do campo. É através de novas técnicas e manejos apropriados para cada atividade que é possível melhorar a produtividade e, consequentemente, a rentabilidade das famílias do agro. Estamos na vanguarda, graças ao aperfeiçoamento da equipe técnica e produtores associados — afirma Romeo Bet.