As empresas do século XXI estão inseridas em um mercado altamente competitivo. Isso significa que, para se destacarem, as cooperativas devem oferecer produtos e serviços cada vez mais atrativos.
Aquelas que desejam crescer ou continuar na liderança precisam lidar com essa concorrência acirrada. Mas como? Se apropriando de novidades tecnológicas, atendendo novas exigências relacionadas ao compromisso social e sustentabilidade e continuar mostrando às pessoas o que sempre as diferenciou dos seus concorrentes.
Logo, visão estratégica, inovação e sustentabilidade são pilares que devem ser seguidos pelas cooperativas que querem prosperar.
Começo pelo pilar da inovação. Cada vez mais depressa surgem novas ferramentas tecnológicas que prometem transformar o modo como as pessoas se relacionam entre si e com as empresas. Uma tecnologia que têm gerado muitas dúvidas e expectativas é a inteligência artificial. Muito mais que um desafio, ela pode ser uma oportunidade para as cooperativas agilizarem seus atendimentos aos cooperados, por exemplo. No segmento educacional, a ferramenta pode vir a ser uma aliada para a aprendizagem dos alunos, se bem manuseada.
Em paralelo, conceitos como a economia compartilhada e o ESG têm tornado as pessoas mais conscientes do papel das empresas em relação à responsabilidade social e ambiental. Pesquisas evidenciam a urgência em minimizar o impacto gerado pelas ações desta geração nas comunidades e no meio ambiente. Quando se trata de sustentabilidade, é vital que a atividade empresarial proporcione soluções e qualidade de vida para as gerações atuais sem que as futuras sejam comprometidas.
Para atender essas demandas, muitas cooperativas já têm feitos investimentos em energia solar, na digitalização de processos, no mercado de carbono e adotado metodologias de produção mais sustentáveis. O desafio é pensar continuamente em novas alternativas e aliá-las à qualidade e eficiência da produtividade.
No que se refere à preocupação com o outro, as cooperativas já são referência, por meio das ações vinculadas à rede de voluntariado Dia de Cooperar (Dia C). Ademais, o próprio modelo de negócio das coops está baseado na valorização da coletividade. Afinal, os cooperados (sócios) trabalham juntos para a conquista de objetivos comuns, e têm direito à participação nos resultados (lucros) e nas tomadas de decisões da cooperativa da qual fazem parte.
Para o cooperativismo, todos esses pilares são essenciais e realistas, visto que há muito são contemplados pelos princípios do modelo de negócio, contribuindo para um mercado inovador, sustentável e humano. O grande desafio das cooperativas é continuar enxergando oportunidades em situações que à primeira vista podem parecer empecilhos e, assim, se manterem continuamente competitivas e relevantes para as pessoas.
*Carlos André Santos de Oliveira é Diretor-executivo do Sistema OCB/ES