Um dono de restaurante em São Paulo estava prestes a fechar as portas quando decidiu ir até uma cooperativa financeira em busca de empréstimo para pagamento de funcionários e para ter capital de giro. Conseguiu o que precisava e dividiu em 35 parcelas. Os juros mais baixos que a concorrência e a burocracia menor foi o que levou o empresário a optar pela cooperativa.
Essa história está numa matéria do jornal Folha de S. Paulo sobre como as cooperativas e fintechs ganharam espaço na procura por crédito entre os empreendedores. É um caso que ilustra a situação de muitos estabelecimentos pelo Brasil, sobretudo no Rio Grande do Norte. Os donos de bares e restaurantes associados à Abrasel/RN, por exemplo, já perceberam a diferença que o cooperativismo financeiro do Sicoob Potiguar pode fazer na vida de suas empresas.
Segundo a pesquisa “Financiamento dos Pequenos Negócios no Brasil”, feita pelo Sebrae, a concessão de crédito para os pequenos negócios no Brasil cresceu 45% nos últimos dois anos. E embora os bancos públicos ainda sejam os mais procurados pelos empresários do segmento, o mercado ficou menos concentrado com o fortalecimento das cooperativas.
Em 2020, Caixa e Banco do Brasil eram as fontes de crédito mais buscadas por 57% dos empreendedores. Esse quadro mudou significativamente nos últimos seis meses. Conforme o próprio levantamento do Sebrae, os dois bancos foram a opção de 39% dos empresários, enquanto Sicoob e Sicredi já respondem por 8% e 9% dessas buscas, respectivamente.
Quando se trata do crédito concedido, a participação das cooperativas é ainda maior. No último semestre de 2022, o Sicoob foi responsável sozinho por 21% do total dos novos financiamentos para pequenos negócios. Em 2020 sua participação foi de 9%. O Sicredi foi de 10% para 16% no mesmo período. E embora o Banco do Brasil tenha mostrado crescimento, saindo de 22% para 32%, a Caixa caiu de 18% para 10%.
O cooperativismo financeiro tem se mostrado um escape para as micro, pequenas e médias empresas do país. Aqueles empresários que não conseguiram financiamento ou que se assustaram com os juros altos, perceberam que podem contar com as cooperativas, onde encontram menos burocracia e crédito mais justo e sustentável.
Entre os pequenos negócios, o setor de serviços foi o que mais conseguiu empréstimo, 30% do total. E o índice de respostas positivas na busca por crédito foi maior entre as mulheres, 28% em comparação com os homens, 25%. Entre os estados da federação, o Rio Grande do Norte foi o quinto onde os donos de pequenos negócios mais obtiveram sucesso na procura por financiamento.
O cooperativismo financeiro está aí para apoiar o pequeno negócio local. E esse apoio tende a se estender ainda mais na medida que os pequenos negócios priorizarem as instituições financeiras que realmente valorizam o comércio da região. Nós do Sicoob Potiguar, por exemplo, nosso grande objetivo é gerar impacto social positivo na vida dos cooperados e no dia a dia das comunidades onde atuamos. Por isso que quem utiliza os produtos e serviços do Sicoob está fazendo mais do que apenas uma escolha financeira, está contribuindo com o desenvolvimento social e econômico do estado.
*Custódio Arrais é Presidente do Sicoob Potiguar