Na última segunda-feira (10/7) foi realizada, na sede do Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo (TRT-ES), uma solenidade para a assinatura do Pacto pela Adoção de Boas Práticas Trabalhistas e Condições de Trabalho Decente na Cafeicultura do Estado.
Na oportunidade, representaram o Sistema OCB/ES Carlos André Santos de Oliveira, diretor-executivo da organização; David Duarte, assessor de Relações Institucionais; e o analista de Mercado, Alexandre Ferreira. A organização estadual compareceu em nome das cooperativas capixabas do setor cafeeiro.
A reunião contou com a presença de membros do Poder Público, como o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e o Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Também estiveram presentes integrantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Espírito Santo (Fetaes).
De acordo com indicadores do Ministério do Trabalho e Emprego, somente neste ano 55 pessoas atuantes em colheitas de café no Espírito Santo foram resgatadas de condições degradantes de trabalho, que englobam falta de alimentação, jornadas de trabalho exaustivas e restrição da locomoção do trabalhador.
A assinatura do pacto visa interromper esse ciclo por meio da cooperação entre entes públicos e privados. As organizações que aderiram ao acordo devem viabilizar ações destinadas ao aperfeiçoamento das condições de trabalho no setor cafeeiro, além de incentivar práticas sustentáveis, essenciais na formalização das relações de trabalho e na garantia do trabalho decente.
O acordo também viabiliza um reconhecimento do café capixaba em âmbito nacional e internacional, pelo fato de o produto estar associado a condições de trabalho rural dignas, enfatizando o compromisso dos produtores de café com as leias trabalhistas e a sustentabilidade.
O diretor-executivo do Sistema OCB/ES ressaltou a relevância da assinatura do acordo. “Segundo dados da edição mais recente do Anuário do Cooperativismo Capixaba, a comercialização do café pelas cooperativas do Ramo Agropecuário capixaba totalizou mais de R$ 1,4 bilhão em 2021. Isso significa que o setor cafeeiro segue sendo um dos destaques do coop capixaba, e precisa necessariamente estar alinhado aos nossos princípios”, disse Carlos André.
Nessa mesma perspectiva, o assessor de Relações Institucionais da organização, David Duarte, reforçou a importância da adesão ao acordo. “O pacto será essencial para uma mudança de cenário nas lavouras de café do nosso estado. A partir dele, os valores do modelo de negócio cooperativista serão aplicados ainda mais à risca, elevando os níveis de excelência dos produtos das cooperativas”, afirmou.
Fonte: Sistema OCB/ES