Com 58 anos no mercado, a Nater Coop sempre teve o mesmo objetivo: unir famílias que alimentam famílias. A cooperativa, que se chamava Coopeavi, nasceu da união de 20 produtores de ovos, e nos últimos anos ampliou sua atuação, expandindo para novos negócios, os dividindo entre agro, alimentos e bens de consumo. São 55 unidades e mais de 20 mil cooperados que trabalham diariamente, movimentando uma receita de mais de R$ 1,4 bi. Diferentes países, aliás, recebem os produtos que têm o selo de qualidade da cooperativa capixaba.
Entre as áreas de atuação, a Nater Coop se destaca na cafeicultura, agropecuária, laticínios, horticultura, além de supermercado e postos de combustíveis, entre outros.
De acordo com o presidente da Nater Coop, Denilson Potratz, uma frente importante de atuação tem sido os modelos de negócios inovadores. “Temos condomínio avícola e condomínio leiteiro na cooperativa que permitem um investimento por parte dos cooperadores sem a necessidade de comprar terra, o que fica mais atrativo para eles”, pontua.
Segundo ele, outro ponto relevante é o e-commerce. Isso porque a Nater Coop vende os produtos da cooperativa no ambiente digital, especialmente o Café Pronova.
Hoje, a cooperativa se relaciona com mais de 30 mil produtores (sendo mais de 20 mil cooperados) e está presente em 24 cidades do Espírito Santo, em quatro de Minas Gerais (Caratinga, Inhapim, Divino e São João do Manhuaçu) e em um município da Bahia (Itabuna). O café e a pimenta-do-reino da Nater Coop são exportados para países de todos os continentes.
“Nos últimos 10 anos, a Nater Coop passou a ter representatividade em diversos setores além da agricultura. Hoje, ela exporta para 15 países em todos os continentes, mostrando ser um mercado pulverizado. Como o nome Coopeavi não atendia mais esse posicionamento, trabalhamos durante mais de 12 meses para desenvolver essa nova marca”, afirma Marcelino Bellardt, diretor-geral da cooperativa.
Inovação
De acordo com Marcelino Bellardt, para garantir uma produção de excelência, a Nater Coop decidiu adotar iniciativas que fazem a diferença no dia a dia da cooperativa. Entre elas está o condomínio avícola, mencionado pelo Denilson Potratz. Mas como funciona na prática?
A iniciativa oferece um investimento acessível aos cooperados, diversifica e expande os negócios dos associados, além de padronizar o manejo e a qualidade dos produtos para atender a legislação e as demandas do mercado.
O condomínio leiteiro também foi implantado para inovar. A iniciativa visa viabilizar técnica e economicamente a produção do cooperado. “Garantimos acesso a um empreendimento inovador, com produção de leite e pasto de alta qualidade. Tudo em larga escala por meio de modernas técnicas e meios de produção”, ressalta Marcelino Bellardt, acrescentando que os cooperados de outras áreas também podem participar, caso queiram diversificar a renda e atuação.
Outro projeto é a Inovação Aberta, que busca no mercado empreendedores ligados a startups que desenvolvem soluções a partir dos desafios determinados pela cooperativa. “Nosso objetivo é ter, pelo menos, um empreendedor ou startup trabalhando na prática em cada um desses desafios. O primeiro foi lançado no mês de janeiro e outros 19 devem ser anunciados até o mês de agosto”, pontua Marcelino.
Marcelino ainda destaca o projeto de Intercooperação, uma parceria entre a Nater Coop e a CoopeTranserrana, ambas com sede em Santa Maria de Jetibá, na região Serrana do Estado. “Essa aliança estratégica tem como objetivo ter uma atuação conjunta no interesse comum de fortalecer o sistema de transportes das duas cooperativas”, observa.
História
Em funcionamento desde 1964 e com o agronegócio em sua essência, a Nater Coop segue com sua sede no mesmo lugar onde foi fundada a Coopeavi, em Santa Maria de Jetibá.
O começo da trajetória foi lembrada pelo presidente, Denilson Potratz: “A cooperativa começou com 20 produtores, mas, com o passar dos anos, ela precisou se diversificar e abraçar as oportunidades que surgiram, o que também é bom para os cooperados, que podem contar com diversas formas de capacitação, assistência técnica e apoio no armazenamento e varejo de diversos produtos que podemos oferecer atualmente”, afirma.
Nova identidade
A mudança na identidade da Nater Coop faz parte do novo modelo adotado pela organização, que visa um negócio mais próximo da sociedade.
De acordo com Marcelino, a cooperativa tem como compromisso valorizar e encorajar as famílias que trabalham na cooperativa, que em sua maioria são compostas por pequenos produtores rurais. Esse vínculo é representado no novo nome em “Nater”, remetendo a um vínculo fundamental para a família: Mater/Mãe. E, ao mesmo tempo, “Nater” também celebra a origem da cooperativa, em alusão à Natureza e à Terra.
Para o diretor-geral, a cooperativa tem como propósito alimentar, crescer e proporcionar qualidade aos consumidores. “Sem dúvidas, as transformações adotadas são sempre pensadas para encorajar e incentivar a ir além”, finaliza o diretor-geral da Nater Coop.
Fonte: A Gazeta