O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participou do workshop internacional “Cooperativas pelo Desenvolvimento Sustentável”, que aconteceu entre os dias 17 e 19 de julho, em Brasília. Promovido pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da Organização das Nações Unidas, em parceria com o Sistema OCB e com o Ministério de Relações Exteriores, o encontro discutiu a importância do segmento para o crescimento econômico sustentável, a segurança alimentar e a melhoria da qualidade de vida dos agricultores.
Mediado pela secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa, Renata Miranda, o painel “O papel das cooperativas na erradicação da fome” contou com a participação de representantes de Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. O painel possibilitou avaliar e discutir a contribuição das cooperativas no combate à fome, estruturação e desenvolvimento de cadeias produtivas, agregação de valor aos produtos e mais rentabilidade para os agricultores dos países.
“O cooperativismo é de fundamental importância para a segurança alimentar global, porque além de auxiliar no combate à fome e na nutrição adequada e sustentável, ele é o elo motor que faz a diferença para milhares de agricultores em todo o mundo, diminuindo as desigualdades, sendo um agente integrador do sistema produtivo e um agregador dos produtores”, afirmou a secretária do Mapa, Renata Miranda.
Segundo o coordenador da Associação Moçambicana para a Promoção do Cooperativismo Moderno (AMPCM), Natalino José Barnete, desde 2009, quando foi aprovada a Lei das Cooperativas, o povo moçambicano entendeu que esta é a melhor forma de buscar sinergias entre as pessoas. “Os produtores de pequena escala viram na organização coletiva uma forma de resolver os problemas de segurança alimentar e vender seus produtos excedentes a bons preços. Hoje, em Moçambique, as cooperativas são uma realidade”, completou.
Em sua fala, o chefe da Divisão de Promoção da Agricultura no Ministério das Relações Exteriores, Bruno Soares Leite, ressaltou os benefícios da internacionalização do cooperativismo. “A internacionalização possibilita às cooperativas ampliar suas ações no comércio internacional, permitindo uma série de ganhos, como competitividade e facilitação do acesso a mercados para quem já exporta, podendo gerar benefícios aos setores onde as cooperativas estão presentes, como no agronegócio e inúmeros outros”.
O encontro contou com a participação do presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, e de representantes de 60 embaixadas, oito ministérios, seis organizações internacionais, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) e representantes de cooperativas.
Fonte: MAPA/Sou Agro