Para que as cooperativas vendam cada vez mais e melhor seus produtos e serviços, o Sistema OCB apresentou seu Programa de Negócios a representantes do Ministério da Agricultura (Mapa) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Em encontro realizado na sexta-feira (30), os debates se debruçaram em gerar oportunidades de negócios nos mercados interno e externo para favorecer o faturamento das cooperativas e, ao mesmo tempo, contribuir para a imagem do Brasil em negociações com outros países e organizações.
A coordenadora e a analista de Negócios, Pamella Jerônimo Lima e Layanne Vasconcellos, fizeram uma breve apresentação sobre a constituição do Sistema OCB, os números do cooperativismo, a diversidade econômica e as estratégias de negócios alinhadas à pauta ESG – respeito ambiental, cuidado social e boa administração. Em seguida, foram relatados as motivações e o passo a passo de execução do Programa de Negócios, bem como as iniciativas da Casa do Cooperativismo para promover os produtos e serviços, como a participação em rodadas de negócios, cursos, cases e outras inovações direcionadas a impulsionar e inspirar as cooperativas a faturarem mais.
O diagnóstico que vem sendo aplicado presencialmente nas cooperativas da região Norte foi enfatizado e provocou boas reações. “É perceptível a mudança de pensamento e o despertar para a visão de mercado”, ressaltou a analista Dayana Rodrigues Gomes. O diagnóstico é uma das primeiras etapas do Programa de Negócios do Sistema OCB, que em sua área de Gestão Mercadológica Internacional conta com parceria da Apex-Brasil, por meio do PeiexCoop, que promove a exportação de cafés especiais, frutas frescas, lácteos, mel e proteína animal.
“É muito importante termos pessoas e instituições com expertise na exportação para validar o nosso programa. Isso mostra que estamos na direção correta e que as estratégias que temos por trás da nossa atuação para incentivar o mercado internacional estão adequadas. A Apex é a nossa agência de exportação e, o Mapa, nos garante oportunidades de promoção comercial e participação em grandes eventos”, avaliou Layanne que também é coordenadora do PeiexCoop no Sistema OCB.
Para ela, ter as pessoas no centro dos negócios é o que faz com que o cooperativismo seja o modelo de negócios cada vez mais apropriado ao que o mundo quer. “Isso se mostra também no mercado internacional, onde todos querem conhecer histórias e pessoas. Sabemos que os consumidores estão ficando cada vez mais preocupados com o que está acontecendo com as pessoas e com o mundo e, quando você fala do cooperativismo, traz protagonismo para as pessoas e isso também é ESG”.
A gerente de Competitividade da Apex-Brasil, Clarissa Furtado, teceu elogios às iniciativas e asseverou que o Programa de Negócios do Sistema OCB está alinhado às expectativas da agência. “A Apex vem atuando com um olhar cada vez mais forte para as pequenas empresas, para as cooperativas, para as regiões Norte e Nordeste, que proporcionalmente têm menos oportunidades para exportação, se comparadas a Sul e Sudeste. Então, o programa de negócios está alinhado tanto em termos de conceito, ideais, intenções e diretrizes, como na prática com o PeiexCoop, que já é uma iniciativa muito interessante entre as duas instituições e capacita as cooperativas para as exportações”, salientou.
Clarissa destacou ainda mais uma oportunidade de trabalho conjunto. “Vimos aqui que podemos trabalhar também o pré-Peiex e o pós-Peiex, ou seja, as cooperativas que ainda não estão no Peiex, porque precisam de uma cultura exportadora, e as empresas que estão saindo, que precisam de oportunidades de promoção comercial. Dá para trabalhar nas duas pontas”.
Já o coordenador-geral de Promoção Comercial do Ministério da Agricultura, Dalci de Jesus Bagolin, frisou que o cooperativismo é fundamental para a imagem, especialmente, do agronegócio no mercado exterior. “A gente trabalha a promoção comercial principalmente sob o ponto de vista da imagem, nesse sentido é importante termos as cooperativas com a gente porque elas trazem o aspecto social. Para isso, elas precisam estar preparadas para exportar. Têm grandes cooperativas que exportam, mas as pequenas também precisam desse suporte para estarem cada vez mais preparadas e participarem mais das atividades de promoção comercial do Mapa”, pontuou.
Ainda de acordo com ele, é importante mostrar lá fora a diversidade da agricultura brasileira com seus produtores pequenos, médios e grandes, em diferentes biomas, em vários tipos de produtos. “E, para isso, também é fundamental divulgar o cooperativismo. O programa da OCB está muito bem estruturado com fundamentos e uma base muito sólida. Acreditamos que trará muitos frutos”, concluiu.