Uma força social e econômica que se transformou em uma das locomotivas da economia catarinense, o cooperativismo reúne 3,9 milhões de catarinenses e obteve receitas totais, em 2022, da ordem de R$ 82,8 bilhões. O crescimento foi de 21,7%, o que representa mais de sete vezes a expansão do PIB brasileiro no período (2,9%). O levantamento é da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) junto às suas 250 associadas e foi anunciado nesta segunda-feira (17) em Florianópolis pelo presidente Luiz Vicente Suzin e pelo superintendente Neivo Luiz Panho.
Um dos dados mais relevantes do levantamento é a expansão do número de associados que cresceu 12% no ano passado com o ingresso de mais 422.788 pessoas. No conjunto, as cooperativas reúnem, agora, 3,9 milhões de catarinenses, o que representa que mais da metade da população barriga-verde está vinculada ao sistema cooperativista. As que mais atraíram associados foram as cooperativas de crédito que têm atualmente 3 milhões de cooperados, as de infraestrutura que atuam em distribuição de energia elétrica (418.504 pessoas), as de consumo (343.569) e as agropecuárias (81.629).
As cooperativas do agronegócio foram, novamente, as mais expressivas na geração de empregos diretos e de receita operacional bruta, respondendo por 65% dos postos de trabalho e por 68% das receitas globais do sistema. As cooperativas de crédito consolidaram duas conquistas: o maior crescimento em receitas totais – 77,3% para R$ 15,4 bilhões – e o maior número de associados, com 3 milhões de catarinenses cooperados. Isso significa que 78% dos cooperados em Santa Catarina fazem parte das cooperativas financeiras.
A carga tributária não poupou as cooperativas. Em 2022 elas recolheram R$ 3,2 bilhões aos cofres públicos em impostos sobre a receita bruta, um crescimento de 26% em relação ao exercício anterior. O patrimônio líquido, no conjunto das cooperativas, cresceu 18% e atingiu R$ 28,1 bilhões. O presidente da Ocesc prevê que continuará expressiva a participação das cooperativas nas exportações do agronegócio, que respondem por cerca de 30% do PIB catarinense e por 70% das vendas catarinenses no exterior, decorrente da imensa presença das cooperativas nas cadeias produtivas de grãos, da suinocultura e da avicultura.
Fonte: Revista Amanhã