A organização que almeja estar sempre à frente de tendências para crescer – e se manter – de forma segura necessita estar em constante planejamento estratégico, a fim de ter as melhores métricas para aplicar em seu negócio. Uma delas é o gerenciamento de riscos, que é o processo de identificar, avaliar e controlar os riscos do negócio – a fim de prevê-los para, por meio da implantação de barreiras, evitar que ocorram e minimizar seus impactos. Dessa forma, são analisadas as principais ameaças para as atividades da empresa, principalmente aquelas que podem causar danos ao meio ambiente e colocar vidas humanas em risco.
Na maior parte dos casos, os riscos costumam ser eventos complexos e dão alertas ao longo do processo, à medida que as barreiras de prevenção e de mitigação vão sendo flexibilizadas. Esse processo envolve diferentes pessoas e diversas áreas. Por isso, o monitoramento das perdas de múltiplas barreiras de algum fenômeno permite trazer consciência e maturidade corporativa para atuação no que é efetivamente importante na gestão de riscos.
Com o acompanhamento das barreiras em tempo real e seu tratamento por exceção, ou seja, quando precisam de atenção, o gerenciamento desenvolve nas pessoas – os verdadeiros agentes de qualquer mudança – a habilidade potencializada pelo auxílio da máquina, que chamamos de inteligência aumentada. A tecnologia, combinada com a capacidade humana de inovar, leva-nos muitas vezes a reinventar os processos de segurança, potencializando os resultados gerados por esses profissionais, principalmente porque amplia significativamente a capacidade de monitorar barreiras preventivas e de mitigação em tempo real.
Uma das formas de medir o gerenciamento de risco é por meio da aplicação da Metodologia BowTie em tempo real e, quando possível, combinada com Inteligência Artificial (IA) em operações de alto impacto. Trata-se de um sistema com objetivo principal de ajudar a empresa a definir barreiras que fiquem entre as causas e o risco – e entre o risco e a propagação. Esse método visa descrever, de maneira simplificada, os caminhos das possíveis ameaças de uma rotina de trabalho e as consequências desses eventos.
Ao dispor de uma ferramenta capaz de monitorar operações em tempo real e identificar situações preestabelecidas como risco, é possível evitá-las de forma efetiva. Toda operação pode apresentar diversas ameaças em seus mais variados níveis. No entanto, algumas delas necessitam de um acompanhamento em tempo real para que não surjam consequências mais graves, como impactos na segurança ou custos elevados para reparação do problema.
Portanto, é necessário que as empresas tenham ciência de que cada segundo pode ser decisivo e, por meio de ferramentas adequadas, o gerenciamento de risco – incorporado ao conceito de fator integrado e a outros sistemas – auxilia na velocidade na tomada de decisões. Para que sua gestão seja feita de maneira efetiva, é necessário passar por, além da fase de planejamento de mapear riscos e barreiras, avaliações contínuas em tempo real que identifique automaticamente, durante a operação, situações de degradação que exigem ação ou uma interpretação rápida para dar suporte à decisão. Monitorar e restaurar barreiras em tempo real é fundamental para tornar o ambiente de negócios mais seguro, preservando o meio ambiente e as vidas humanas.
*Augusto Borella é diretor de produtos da Viasat, INTELIE